Representantes do Makro estudam a possibilidade de vender as 24 lojas da atacadista de maneira fracionada e já fizeram contatos iniciais com outras redes para verificar o interesse, de acordo com o “Valor Econômico”.
Segundo o jornal, representantes da companhia também acenam com a possibilidade da entrada de fundos imobiliários no acordo. Um fundo compraria as unidades do Makro e alugaria as lojas para outra rede, que entraria no acordo junto com o fundo
“Neste caso, haveria uma solução dando liquidez para a saída do Makro, que já definiu que quer deixar o país e, até o momento, mantém a mesma ideia”, afirmou uma fonte ao “Valor”.
Ainda de acordo com o “Valor”, outro caminho apontado pelos representantes do Makro é realizar um “sale-leaseback” (arrendamento) direto entre o Makro e o fundo, com a empresa permanecendo no País e alugando e operando as lojas compradas pelo fundo.
Assaí (ASAI3): Casino lança follow-on para venda de fatia
Além do Makro, o Assaí (ASAI3) pode ser vendido em breve. Recentemente, o grupo de supermercados francês Casino afirmou que lançou uma oferta secundária de ações para venda parcial de participação no atacadista brasileiro.
O Casino disse que está vendendo 140,8 milhões de ações do Assaí, cerca de 10,4% do capital social da empresa brasileira, acrescentando que pode alienar mais 3,7%.
Com base no preço de fechamento da ação do Assaí na sexta-feira (25), a R$ 19,21 cada, a venda de 140,8 milhões de ações levantaria R$ 2,7 bilhões. O grupo francês disse que Itaú BBA, BTG Pactual, JPMorgan, Bradesco BBI, Banco Safra e Santander são coordenadores da oferta.
Assaí vem acelerando seus planos de crescimento desde que foi apartado do GPA (PCAR3), dono da marca Pão de Açúcar, e já vale, atualmente, mais que o grupo.
Ainda assim, uma fonte com conhecimento no assunto disse ao “Estadão” que os planos podem mudar à medida que o mercado aumente a aversão ao risco. A ação do Assaí recua 1,6% em novembro. No ano, registra valorização de cerca de 51%.