A Marisa (AMAR3), em meio a uma crise financeira, possui uma dívida de R$ 13,8 milhões com PMEs (pequenas e médias empresas). Conforme relatado pelo jornal O Estado de São Paulo, na terça-feira (23), a maioria desses débitos é com fornecedores de artigos de moda e acessórios. A varejista afirma ter renegociado seus débitos com 90% dos credores.
De acordo com informações, além da crise, a Marisa enfrenta um aumento significativo nos protestos por inadimplência, com 511 protocolados somente este ano. Esse número é 14 vezes maior do que o registrado nos últimos cinco anos.
Segundo o advogado Renato Leopoldo e Silva, do escritório DSA Advogados, quando a dívida líquida ultrapassa 40 salários mínimos, o credor tem o direito de solicitar a falência da empresa por meio do sistema judicial. No caso de valores menores, a alternativa é realizar um protesto.
Recentemente, alguns credores da Marisa solicitaram à Justiça a falência da empresa. Durante a apresentação dos números do primeiro trimestre de 2023, o atual CEO da varejista de moda, João Pinheiro Nogueira Batista, destacou o alto índice de renegociação, afirmando: “Não negamos nossas dívidas, reconhecemos”.
A empresa afirmou à reportagem ter negociado acordos com 300 fornecedores estratégicos e 1 mil fornecedores indiretos desde o início do ano. A taxa de 90% citada anteriormente está associada a esses números. “Com os acordos formalizados, a companhia entrará com pedido de baixa de protestos em cada um dos cartórios acionados – trabalho intenso, já em curso pela área financeira”, reitera.
Marisa (AMAR3) fechará 91 lojas no primeiro semestre
O CEO da Marisa (AMAR3), João Pinheiro Nogueira Batista, afirmou que a companhia fechará 91 lojas até junho. Somente entre março e abril deste ano, 25 unidades encerraram as atividades.
As declarações do executivo foram dadas durante reunião com investidores na terça-feira (16), um dia após a divulgação do balanço da Marisa referente ao primeiro trimestre de 2023. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do BP Money.