O Governo Federal anunciou a simplificação de normas trabalhistas nesta quinta-feira (11), no Palácio do Planalto. Mais de mil decretos, portarias, normativas e instruções trabalhistas foram associados, formando apenas 15 normas, de acordo com o Executivo. Uma das maiores mudanças para o trabalhador será a maior flexibilização do uso do Vale de Alimentação.
O secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Dalcolmo, afirmou que a mudança no vale-alimentação possibilita que os trabalhadores utilizem seus cartões em um número maiores de restaurantes:
“O vale é sempre uma decisão da empresa com o trabalhador. Então nada disso interfere. Mas alguns dispositivos serão alterados ao longo do tempo. Há um período de adaptação de 18 meses e, ao longo desse período, as empresas vão se adaptar a uma maior concorrência e uma necessidade de ofertar maiores opções de restaurantes para os trabalhadores”, comentou Dalcolmo.
Segundo técnicos do governo, a flexibilização do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), vai facilitar a vida dos empregados, dando mais liberdade para usar o cartão alimentação. Eles poderão usá-lo em qualquer estabelecimento que receba esse meio de pagamento e não apenas nos credenciados pela respectiva bandeira.
A medida tende a abrir o mercado de empresas de cartões de alimentação, que atualmente é considerado extremamente centralizado.
Companhias como a Caju, por exemplo, podem ganhar mais espaço no cenário nacional, recentemente a startup recebeu investimentos de R$ 45 milhões, em rodada série A liderada pelo Valor Capital Group, e promete ser um dos protagonistas no ramo de benefícios corporativos.
Fundada em 2019, a Caju é uma plataforma de benefícios como: refeição, alimentação, transporte, cultura e outros. A startup chegou sendo o único cartão da Visa no ramo e possui milhares de clientes pelo Brasil com o objetivo de simplificar a distribuição de benefícios aos empregados de empresas.
“Antes de lançar nosso produto, procuramos entender as necessidades modernas em um mercado que estava estagnado há muito tempo. Desde como o colaborador enxerga os benefícios que recebe, até a burocracia que era imposta para o RH na contratação desses serviços”, afirma fundador da Caju, Renan Mendes.
Atualmente a líder do segmento e pioneira da modalidade no Brasil é a Vee Benefícios, de 2016, que captou R$ 200 milhões de reais após um processo de fusão com a francesa Swile, e a Flash Benefícios, atual líder de mercado, com mais de 200 mil vidas atendidas. O banco Santander começou a explorar o ramo e possui investimentos na Ben Investimentos.