Os resultados do terceiro trimestre do Mercado Livre (MELI34) animaram os economistas do Itaú BBA, que disseram que a companhia argentina segue sendo a sua favorita no setor de e-commerce. Com isso, na quarta-feira (23), o banco atualizou o preço-alvo dos papéis para US$ 1.260.
“Continuamos confiantes na sustentabilidade do sólido momento operacional à frente e esperamos que o Mercado Livre continue a superar seus pares. Dito isso, reconhecemos que maiores ganhos de rentabilidade estão atrelados a investimentos adicionais (particularmente em publicidade e atendimento) e a uma descida das taxas de juros (para a fintech), que esperamos que se concretize a médio prazo”, explicou o banco em relatório.
Os analistas Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi e Gabriela Moraes ressaltaram que as incertezas do cenário macroeconômico continuarão afetando as fintechs no curto prazo, mas que eles esperam que a empresa mantenha a postura conservadora na concessão de crédito.
“No entanto, dada a sazonalidade do 4T22, não descartamos uma aceleração das concessões de crédito no período”, disseram.
E não apenas no Itaú BBA o Mercado Livre salta aos olhos. O time de analistas do Santander publicaram um relatório, na terça-feira (22), no qual reforçaram que a companhia argentina conta com potencial de crescimento atrativo para os investidores nos próximos anos.
“O Mercado Livre possui diversas avenidas de crescimento a explorar – incluindo, dentre outros, nos segmentos de publicidade digital e negociação de ativos financeiros”, destacaram os analistas Ricardo Peretti e Guilherme Bellizzi Motta.
Resultados do Mercado Livre do 3T22
No início do mês, o Mercado Livre anunciou seu balanço para o terceiro trimestre de 2022, que veio acima do esperado pelos investidores. A companhia registrou lucro líquido de US$ 129 milhões no terceiro trimestre de 2022, alta de 36% ante o mesmo período do ano anterior.
A receita líquida foi destaque, alcançando US$ 2,7 bilhões entre julho e setembro de 2022, avanço de 44,7% em dólares e 60,6% em moeda constante ante o mesmo intervalo do ano passado.
Para analistas, o sucesso do Mercado Livre se dá por dois fatores: o comércio eletrônico e a fintech da companhia, o Mercado Pago.