Mesbla: filhos de ex-funcionários "ressuscitam" varejista após 23 anos

A mudança mais significativa é a de que a Mesbla agora irá operar digitalmente e seu marketplace já conta com aproximadamente 250 mil produtos, divididos em cerca de 250 categorias

Após decretar falência em 1999, a Mesbla retornou suas operações 23 anos depois. A companhia não contou com investimentos de terceiros, apenas com o capital dos dois CEOs: Ricardo Viana e seu irmão Marcel Jeronimo.

A mudança mais significativa é a de que a Mesbla agora irá operar digitalmente e seu marketplace já conta com aproximadamente 250 mil produtos, divididos em cerca de 250 categorias.

A companhia está ligada a história familiar dos irmãos e novos donos. Seu pai, Alfeu Viana, trabalhou na companhia por 61 anos e foi na antiga loja do Rio de Janeiro, localizada em Passeio, que conheceu sua atual esposa e mãe de Ricardo e Marcel, Adeilza Viana.

Foto: Arquivo Pessoal

“[Retomamos a Mesbla] por dois motivos. O primeiro deles é o elo afetivo e o segundo é o cenário promissor do e-commerce brasileiro”, destacou Viana, segundo à CNN. 

Além de Seu Viana, Marcel também chegou a trabalhar na companhia. Quando tinha 14 anos, foi aprendiz na empresa e depois prestou serviços por dois anos como consultor técnico. Ele afirmou que negociou a licença do uso do nome exclusivamente, e serão pagos royalties – como é padrão nos contratos de licenciamento. No entanto, o valor não foi informado. 

História de falência da Mesbla

Antes de falir, no fim do governo Sarney, em 1990, a diretoria – composta por quarenta pessoas – optou por estocar mercadorias em excesso com receio de o país caminhar para uma hiperinflação. 

Com isso, após o Plano Real ter sido implementado em 1994, a companhia passou a ter muito prejuízo, tendo que fechar lojas e demitir inúmeros funcionários. À época, as dívidas acumularam bilhões de reais, tanto que a empresa pediu concordata (mecanismo jurídico que visa resolver a situação de uma empresa devedora, tentando prevenir a falência).

Três anos depois, o dono das antigas Lojas Mappin, Ricardo Mansur, adquiriu 51% das ações da companhia, por aproximadamente R$ 600 milhões, para tentar fundir as empresas. Entretanto, como a dívida era muito alta, o empresário optou por decretar a falência da empresa. 

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A Mesbla chegou a abrir capital na antiga Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, no final da década de 1960, mas seu registro acabou sendo fechado em fevereiro de 2000. Segundo a B3, a falta de atualização do registro foi o motivo pelo fim das negociações. 

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