Meta (M1TA34) pagará US$ 725 mi para encerrar ação nos EUA

Ação coletiva acusa a Meta de permitir que terceiros acessem informações pessoais de usuários

A Meta (M1TA34), proprietária do Facebook, concordou em pagar US$ 725 milhões para encerrar a ação coletiva que acusa a companhia de permitir que terceiros, incluindo a Cambridge Analytica, acessem informações pessoais dos usuários, segundo a agência de notícias “Reuters”. O montante é o maior que a Meta já pagou para encerrar uma ação coletiva.

Divulgado na quinta-feira (22), o acordo resolve um processo que se iniciou em 2018, após revelações de que o Facebook permitiu que a consultoria política britânica Cambridge Analytica acessasse dados de até 87 milhões de usuários.

“Este acordo histórico proporcionará um alívio significativo para a classe neste complexo e novo caso de privacidade”, disseram os principais advogados da acusação, Derek Loeser e Lesley Weaver, em comunicado conjunto. Os promotores ainda consideraram o acordo como o maior já alcançado em uma ação coletiva de privacidade de dados nos EUA.

Meta não admitiu irregularidades

Mesmo aceitando o acordo, a Meta não admitiu as irregularidades do processo. A empresa informou, através de comunicado, que o acordo foi o opção mais interessante para a  comunidade da Meta e de seus acionistas.

“Nos últimos três anos, renovamos nossa abordagem de privacidade e implementamos um programa abrangente de privacidade”, apontou a Meta.

Esta não é a primeira investigação sobre a privacidade de dados da Meta. Em 2019, o Facebook fechou acordos dois acordos. O primeiro, de US$ 5 bilhões, para encerrar uma investigação da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) sobre suas práticas de privacidade. O segundo, de US$ 100 milhões, em relação a alegações da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) de que teria enganado os investidores sobre o uso indevido de dados dos usuários.

Agora extinta, a Cambridge Analytica, uma das empresas que teria utilizado dados do Facebook, trabalhou para a campanha presidencial de Donald Trump em 2016, a qual o presidente ganhou. Com a “ajuda” da plataforma da Meta, a empresa obteve acesso às informações pessoais de milhões de contas para fins de definição e segmentação de eleitores.