Meta (M1TA34) é multada em 390 milhões de euros; entenda

Órgão decidiu que a Meta violou leis de privacidade da União Europeia

A Comissão de Proteção de Dados (DPC, pela sigla em inglês), órgão regulador de privacidade da União Europeia (UE), anunciou na quarta-feira (04) que multou a Meta Platforms (M1TA34) em 390 milhões de euros, segundo o Dow Jones Newswires. 

O órgão decidiu que a companhia não pode usar seus contratos com usuários do Facebook e do Instagram para justificar o envio de anúncios com base em suas atividades online.

A Meta, que é controladora de ambas as plataformas de redes sociais, disse que pretende apelar da decisão, que argumentou que a companhia violou as leis de privacidade da UE ao afirmar que os anúncios são necessários para executar contratos com os usuários.

Dona do Facebook, Meta já foi multada em outras ocasiões

Em novembro de 2022, o mesmo DPC penalizou o Instagram, também controlado pela Meta, com uma multa recorde de 405 milhões de euros, contra a qual a empresa ainda planeja apelar. 

Meses depois, o órgão impôs uma multa de 265 milhões de euros à dona do Facebook por não proteger informações, como números de telefone, de cerca de 530 milhões de usuários. Com isso, o valor de penalidades determinadas pelo órgão contra a Meta foi elevado, na ocasião, para quase 1 bilhão de euros. 

Um mês depois, a companhia de Mark Zuckerberg  concordou em pagar US$ 725 milhões para encerrar a ação coletiva que acusa a Meta de permitir que terceiros, incluindo a Cambridge Analytica, acessem informações pessoais dos usuários, segundo a agência de notícias “Reuters”. O montante foi o maior que a Meta já pagou para encerrar uma ação coletiva.

Além de multas e ações coletivas contra a big tech, a Meta anunciou nos últimos meses uma demissão em massa global. Não à toa, a companhia perdeu, em valor de mercado, US$ 611 bilhões de 2021 para 2022. A queda, no entanto, também foi observada em outras gigantes da tecnologia, como Amazon (AMZO34) e Tesla (TSLA34).