Expansão de negócios

Minerva (BEEF3): Cade aprova compra de unidades da Marfrig (MRFG3) no Brasil

O negócio foi anunciado no ano passado; a Minerva e a Marfrig esperam o fechamento da operação até o final do mês de outubro

Foto: divulgação/Minerva
Foto: divulgação/Minerva

O tribunal do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômico) aprovou, nesta quarta-feira (25), que a Minerva (BEEF3) compre unidades industriais e comerciais da Marfrig (MRFG3) no Brasil, segundo comunicados das empresas.

A planta de Pirenópolis (GO), à qual o Cade aplicou remédios para aprovar a operação, está fechada desde 2010, segundo a Minerva, e não há planos para reabertura.

O negócio entre as companhia foi anunciado em agosto do ano passado e soma R$ 7,5 bilhões, além de envolver unidades de abate de bovinos e ovinos da Marfrig na Argentina, Chile e Uruguai.

As empresas declararam esperar o fechamento da operação até o final do mês de outubro.

Minerva (BEEF3): BB Investimentos corta preço-alvo para R$10

BB Investimentos revisou o preço-alvo das ações da Minerva (BEEF3), ajustando-o de R$ 12 para R$ 10, mas manteve a recomendação de compra, conforme informado em relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta segunda-feira (2).

Segundo a analista Georgia Jorge, o ajuste reflete dados recentes e alterações nas premissas de crescimento. Ainda assim, a expectativa é de resultados sólidos, impulsionados por um ciclo positivo do gado no Brasil, que deve favorecer os balanços no segundo semestre e no próximo ano, com destaque para a geração de caixa.

“A operação da Minerva, focada em proteína bovina, exportação e diversificação geográfica na América do Sul, apresenta consistência e regularidade de rentabilidade operacional, refletindo a boa gestão de risco e a captura de oportunidades devido à capacidade de arbitragem entre mercados”, reforça Jorge.

A analista, no entanto, prevê um aumento nas despesas financeiras para o próximo ano, devido à maior alavancagem financeira resultante da aquisição dos ativos da Marfrig (MRFG3). Apesar disso, Jorge destaca que a empresa está focada na geração de caixa para reduzir essa alavancagem financeira.

“Vale observar que, apesar da aquisição dos ativos elevar a alavancagem financeira temporariamente, a transação nos parece bastante acertada, pois permitirá elevação da escala de abate e captura de eficiências em um modelo de gestão bastante testado”, completa.