MMX: XP (XPBR31) e BTG (BPAC11) brigam por ativos de Eike Batista

XP e BTG fazem proposta por ativos da MMX, antiga mineradora de Eike Batista

Após três leilões fracassados, a venda de debêntures emitidas pela Anglo American e que fazem parte do processo de falência da MMX – antiga mineradora de Eike Batista, começou a a andar em um processo de propostas diretas, que já gera disputa. Colocados em disputa nesta semana, os ativos chamaram a atenção de XP (XPBR31) e BTG (BPAC11).

O primeiro a fazer uma proposta foi o BTG, em um movimento que desagradou tanto Eike quanto a seus credores dentro do processo de falência da MMX. 

No entanto, a proposta do banco desagradou pois, o entendimento, foi de que o mesmo havia sido favorecido, já que apresentou proposta no dia seguinte à divulgação das novas condições para a venda das debêntures pela Juíza Claudia Helena Batista, da 1.ª Vara Empresarial de Belo Horizonte.

A decisão elimina a hipótese de novo leilão, que chegou a ser marcado para segunda-feira, dia 12. Além disso, a Justiça determinou que aceitará propostas até o dia 12, justamente para quando um novo certame, agora cancelado, estava previsto.

A proposta do BTG Pactual já foi aceita pelo administrador da recuperação judicial, pelo valor mínimo (R$ 360 milhões). 

Por isso, os demais proponentes teriam, segundo fontes, de apresentar oferta 1% superior aos R$ 360 milhões e mais 3% sobre a oferta para custeio da due dilligence (investigação prévia) feita pelo BTG para aquisição do ativo, segundo o Estadão. 

XP faz proposta por MMX

Já a XP, ao lado do Modal, afirmam, em sua proposta, que poderão cobrir eventuais contrapropostas que surjam em até cinco dias úteis após a declaração do juízo de falência de que sua oferta é a vencedora no processo de venda direta.

A corretora e o Modal abrem mão do “break-up fee” (multa pela perda da preferência) caso desistam da compra.

A venda direta deverá atrair bem menos dinheiro do que em leilão – na última vez em que o certame fracassou, o preço era de R$ 1,25 bilhão. Os recursos arrecadados vão para a redução da dívida da MMX, incluindo o acordo de delação que a empresa fechou com o STF (Supremo Tribunal Federal).