Enquanto bancos veem fintechs como concorrentes ou alvos, na mesma medida que companhias de tecnologia auxiliam no crescimento delas, o Modal optou por não pender para nenhum dos dois lados. A instituição acaba de adquirir a Lice On, uma empresa que desenvolve uma estrutura tecnológica “White label” (com a marca do cliente) para viabilizar a operação de diferentes bancos digitais.
O ingresso em Banking a Service (BaaS) poderia soar como um disparate ao fomentar a concorrência, mas para Cristianos Ayres, CEO do Modal, o caminho é coerente. “No open finance, o cliente não é do banco A, do banco B ou da corretora C. O serviço bancário é cada vez mais forte na vida das pessoas, mas não necessariamente em um banco”, declarou o CEO de acordo com o Valor.
“Preciso me posicionar para prestar serviço com a melhor qualidade possível, onde esse cliente estiver. Essa é a nossa sétima aquisição em um ano e uma das mais transformacionais para nosso modelo de negócio”, continuou.
Já no roadshow para o IPO do Modalmais, realizado em abril, ele declarava levar o B2B2C para o banco, dando ênfase à operação já existente que possui cliente pessoa física e pessoa jurídica.
Fundada há três anos e desenvolvida numa fábrica de software, a Live On possui sede em Jaú, no interior de São Paulo. A empresa é uma plataforma que responde a quase 70 operações financeiras, de varejistas, fintechs e prestadores de serviços.
“O BaaS permite uma democratização do serviço bancário, viabiliza competição sem um volume muito alto de investimento em tecnologia, e para a marca, como uma varejista, é uma forma de monetizar e fidelizar o cliente”, declarou o fundador da empresa, Lucas Montanini.