A Moove, startup sob o guarda-chuva da Uber Technologies, comprou a empresa brasileira Kovi como parte da meta de expandir sua receita e presença fora da África.
A Moove ficará posicionada entre as três maiores operadoras do mundo em frotas e financiadoras de veículos compartilhados para viagem. O acordo com a Kove prevê uma participação acionária cujo valor não foi divulgado.
A operação também vai ampliar a frota do grupo para um total de 36.000 veículos, aumentando sua receita anual para US$275 milhões, como informou o cofundador da Moove, Ladi Delano.
A compra da Kovi também vai permitir a integração de algoritmos de comportamento e tecnologias de IA (Inteligência Artificial) para auxiliar motoristas e passageiros na segurança e eficiência das viagens.
“Esperamos continuar a escalar nossa frota adicionando cerca de 15.000 veículos anualmente”, reforçou Delano.
Expansão da Moove
Nascidos no Reino Unido, os nigerianos Delano e Jide Odunsi fundaram a Moove em Lagos (NG), com 76 veículos para ajudar motoristas de aplicativo no financiamento de seus automóveis.
A startup recentemente fechou parceria com Waymo para gerenciar e despachar seus próprios carros autônomos, começando pelos EUA ainda este ano.
A Moove utiliza um sistema de pontuação que permite que motoristas acessem financiamentos para adquirir veículos novos para utilizar no aplicativo e reembolsem o pagamento a partir da renda mensal produzida na plataforma. O negócio já captou mais de US$500 milhões em capital e dívida.
Uber: CEO alerta motoristas de aplicativos: ‘serão substituídos’
Segundo um relatório da Creative Fabrica, dirigir carros de aplicativos foi uma das profissões mais procuradas no Google em 2024. De acordo com dados da Uber, mais de sete milhões de pessoas são motoristas ou entregadores de aplicativo apenas nos EUA.
Para o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, essa profissão deve durar, no máximo, mais uma década. Depois disso, segundo a Exame, a inteligência artificial (IA) e os veículos autônomos dominarão o setor.
“Daqui a 15 ou 20 anos, o veículo autônomo vai dirigir melhor do que qualquer motorista humano”, disse o executivo em entrevista ao The Wall Street Journal. “As máquinas serão treinadas com dados equivalentes a uma vida de milhões de pessoas; ninguém consegue ser tão bom assim. Robôs não se distraem”.