O empresário e escritor Pedro Herz, dono da Livraria Cultura, morreu nesta terça-feira (19), aos 83 anos. Conforme informado por Sérgio Herz, filho de Pedro e CEO da empresa, ao jornal O Globo, o pai sofreu um ataque cardíaco na madrugada.
Pedro Herz é parte de uma família de judeus alemães, refugiados do regime nazista que chegaram ao Brasil em 1939, um ano antes de seu nascimento, em 28 de maio de 1940.
Eva Herz, sua mãe, foi a responsável por iniciar o projeto que veio a se tornar a Livraria Cultura. A ideia inicial da senhora foi a Biblioteca Circulante, que prestava um serviço de empréstimo de livros.
Em “O livreiro”, sua autobiografia, escrita com auxílio de Laura Greenhalgh, jornalista, Herz contou como um negócio que nasceu na casa da família, se tornou a maior livraria de São Paulo.
Rumos da Livraria Cultura sob Comando de Pedro Herz
A transformação da Biblioteca Circulante para a Livraria Cultura aconteceu em 1969. Na época, o funcionamento do negócio passou a funcionar em uma loja do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, segundo o Globo.
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Pedro Herz assumiu o comando da companhia em 2001, após a morte de Eva. A Livraria Cultura se espalhou por diversas cidades do Brasil, contudo, a unidade principal seguiu no Conjunto Nacional.
Na mesma linha, a expansão incluiu não apenas as unidades, mas as ofertas de produtos. O negócio da família Herz passou a vender CDs, DVDs e aparelhos eletrônicos.
Segundo o jornal, quando Sérgio e Fábio, fihos de Pedro Herz, assumiram a empresa, a estratégia de vendas se fortaleceu. Porém, com o passar dos anos, foi apontada como uma das bases para os problemas financeiros da Cultura.
A Livraria de Pedro Herz já foi considerada, inclusive, uma das maiores do segmento no País, até 2018. Daquele ano em diante, a empresa entrou em recuperação judicial, com uma dívida de R$ 285 milhões. Em 2023, a Livraria Cultura decretou e reverteu a falência duas vezes.
