Porto Sul_Ilhéus
Em destaque a ponte sobre o Rio Almada / Foto: Bamin / Divulgação

A Mota-Engil, grupo português que venceu neste ano a PPP do túnel entre Santos e Guarujá, está em negociação para adquirir a Bamin Mineração no Brasil.

A companhia atua em parceria com a Communications Construction Company (CCCC), empresa chinesa que também integra o consórcio responsável pela construção da ponte Salvador–Itaparica.

Portanto, a possível transação envolve um dos projetos mais relevantes de infraestrutura logística do País. Isso reforça o interesse do grupo europeu em expandir sua atuação no mercado brasileiro.

Bamin detém concessão estratégica da Fiol

A Bamin é detentora da concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia. Este é um dos principais corredores logísticos planejados para o escoamento de minério e cargas no Nordeste.

De acordo com informações, a empresa já havia sinalizado ao mercado a existência de interessados na compra do ativo. Dessa forma, ela chegou a firmar memorandos de entendimento com outras três companhias, antes das tratativas com a Mota-Engil.

Venda pode incluir Fiol 1 e Porto Sul

As negociações em curso preveem que a venda da Bamin venha acompanhada de uma repactuação do contrato de construção da Fiol 1 e também do Porto Sul. O projeto portuário está associado à ferrovia e considerado essencial para a viabilidade logística do empreendimento.

Desde 2021, havia expectativa de que a Bamin se associasse a parceiros chineses, entre eles, a própria CCCC, hoje sócia da Mota-Engil. O movimento acabou não se concretizando à época.

Mota-Engil amplia apostas em infraestrutura no Brasil

A negociação reforça a estratégia da Mota-Engil de ampliar sua presença no setor de infraestrutura brasileira.

Além da PPP do túnel entre Santos e Guarujá, no Porto de Santos, o grupo também participou da licitação do Lote 4 de rodovias no Paraná, embora não tenha vencido o certame.

Em suma, o interesse pela Bamin e pelos projetos da Fiol indica uma visão de longo prazo da empresa sobre ativos logísticos integrados, especialmente em regiões com forte potencial de crescimento.

As informações foram divulgadas inicialmente pelo Valor Econômico.