Movida (MOVI3) planeja recompra de dívida até US$ 175 milhões

A oferta será feita no valor de face pelo preço de 86 de par, ou seja, 14% abaixo do valor de face da emissão.

A Movida (MOVI3) anunciou por meio de fato relevante que sua subsidiária, Movida Europe, iniciará uma nova oferta de recompra de títulos de dívida no valor de até US$ 175 milhões. As notas, vinculadas a metas de sustentabilidade, têm vencimento em 2031 e serão remuneradas à taxa de 5,250% ao ano, garantidas pela Movida Locação de Veículos S.A.

De acordo com o anúncio feito na terça-feira (1), o objetivo da operação é reduzir o custo médio da dívida do grupo. Após a transação, a Movida manterá uma posição robusta de caixa e terá uma estrutura de capital mais saudável, demonstrando comprometimento e disciplina na alocação de capital. A oferta será feita pelo preço de 86% do valor de face da emissão, representando um desconto de 14%.

A emissão total de notas foi feita em 2021, no montante de US$ 800 milhões, com prazo de vencimento de 10 anos. Até o momento, a Movida já recomprrou um total de US$ 353 milhões. A operação não possui uma quantidade mínima de notas condicionada para serem ofertadas, e os títulos de dívida não ofertados ou comprados permanecerão em circulação.

Movida (MOVI3): Citi recomenda venda

As ações da Movida (MOVI3) receberam recomendação de venda do Citi. Apesar disso, o banco norte-americano elevou o preço-alvo da companhia de R$ 7,25 para R$ 8,00. A avaliação da casa surge após a locadora de veículos apresentar números fracos no seu balanço do primeiro trimestre deste ano.

Em relatório, os analistas Felipe Nielsen, Japeshwar Singh e Stephen Trent escrevem que o recente avanço nas ações da Movida parece refletir mais as taxas de juros do que os fundamentos da empresa.

“A desconexão entre os fundamentos e o desempenho do preço das ações agora parece muito significativa”, afirmaram.

De acordo com os especialistas do banco Citi, mesmo que a utilização da frota da Movida melhore, a redução da frota parece provável este ano. Além disso, é provável que o uso de uma frota menos premium possa pressionar as tarifas de aluguel de carros.

Os analistas ainda pontuam que uma queda na taxa de juros e um corte de impostos sobre carros novos poderia ajudar na visibilidade do lucro por ação, embora a decisão da Movida de retirar suas projeções de lucro e frota de veículos reforce preocupações sobre a volatilidade dos resultados.

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