MP-SP acusa BMG de má gestão de fraudes e pede indenização de R$ 6,5 mi

Banco é acusado de emitir cartões de crédito consignado de forma digital em nome e com dados de clientes que não fizeram a solicitação

O Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação civil pública contra o banco BMG, que é acusado de emitir cartões de crédito consignado de forma digital em nome e com dados de clientes que não fizeram a solicitação. Segundo o Ministério Público, golpistas estariam utilizando os cartões e o consumo não identificado pelos titulares estava sendo cobrado pelo banco, que estaria descontando o valor mínimo da fatura das aposentadorias e salários. 

Segundo a Veja, a promotoria alega que tentou por diversas vezes obter explicações do BMG sobre as várias reclamações registradas no Procon, órgão que realiza a defesa e proteção do consumidor, mas não teve sucesso. 

O processo pede que o banco pague uma indenização por danos coletivos de R$ 6,5 milhões e ainda solicita uma liminar para que o banco suspenda empréstimo em que os clientes defendam que houve fraude de terceiros, que não inclua nomes dos clientes em serviços de proteção ao crédito, que confirmam no prazo de 24 horas de antecedência sobre as operações e que seja realizado a devolução dos valores retirados dos clientes.

Em nota, o banco declarou que não conhece a ação e diz, que caso de fato exista, aguardará a sua citação. 

Neste mês de julho, o BMG foi multado em R$ 5,1 milhões pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, devido ao uso inadequado de dados pessoais de consumidores idosos, que estariam sendo utilizados para fraudes financeiras, como oferta abusiva e contratação de empréstimnos consignados.
 

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