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Foto: Reprodução/Youtube/Itaú"
O Ministério Público Federal deu início a uma investigação sobre um possível desvio de recursos envolvendo Alexsandro Broedel Lopes, ex-executivo sênior do Itaú Unibanco, que está prestes a assumir um cargo de destaque no banco espanhol Santander.
Em um documento divulgado em dezembro, o Itaú Unibanco acusou Lopes de apropriação indevida de recursos enquanto ocupava uma posição de liderança na instituição. Como resultado, o banco moveu um processo contra ele.
A alegação do Itaú é que Lopes, que foi contratado pelo Santander no ano passado, teria infringido as normas internas da empresa ao estar envolvido em pagamentos irregulares relacionados a pareceres solicitados pelo banco.
Defesa de ex-executivo do Itaú refuta alegações
O Itaú Unibanco, em um documento regulatório, informou que investigou a conduta do executivo durante vários meses e concluiu que havia fortes evidências de que, entre 2019 e 2024, um fornecedor redirecionou cerca de R$ 4,86 milhões para contas pessoais de Alexsandro Broedel, por meio de uma empresa intermediária.
Por sua vez, representantes de Broedel refutaram as acusações, qualificando-as como sem fundamento e sem sentido. Eles também expressaram surpresa com o fato de o banco ter levantado as suspeitas somente após a renúncia do executivo ao cargo, a fim de assumir uma posição global em um dos principais concorrentes do Itaú.
Justiça bloqueia venda de imóvel de ex-CFO do Itaú
A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio da venda da casa de Alexsandro Broedel Lopes, ex-diretor do Itaú, que é acusado de fraude pela instituição financeira. O Itaú solicitou o bloqueio, argumentando que Broedel, que tentava vender o imóvel, poderia precisar dele para pagar uma indenização de R$ 3,35 milhões solicitada pelo banco.
De acordo com a decisão provisória da juíza Larissa Gaspar Tunala, da 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem, proferida na terça-feira (25 de fevereiro de 2025), foi demonstrado que Alexsandro se encontra em uma “delicada situação financeira”, o que justifica a medida de bloqueio.