Natura (NTCO3) pode vender parte da Aesop para LVMH ou L’Oreal

Notícia animou investidores e ações da Natura registraram alta nesta manhã de segunda-feira (30)

A Natura (NTCO3) pode vender uma parte da Aesop, sua marca de luxo, e os principais interessados são a LVMH e a L’Oreal, segundo informações da “Bloomberg”. Ainda de acordo com a publicação, o grupo japonês Shiseido também estaria no páreo para levar uma fatia da marca.

No ano passado, já havia sido noticiado que a Natura buscava se desfazer de uma parte da Aesop. Para isso, foram contratados o Bank of America e o Morgan Stanley.

Na época, a companhia reforçou que vinha promovendo um redesenho da estrutura organizacional da Natura &Co para torná-la mais leve e eficiente, bem como para dar mais autonomia às unidades de negócio, em busca de “reagir a desafios externos” e melhorias em geração de caixa e rentabilidade.

Em documento enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na época, a companhia avaliava também uma venda de participação minoritária na Aesop — o que abriu espaço para L’Oreal, LVMH e Shiseido na corrida para levar uma fatia do negócio.

Ações da Natura disparam com possível venda

A possível disputa por parte da Aesop parece ter animado os investidores. Às 11h55 (horário de Brasília), as ações NTCO3 registravam uma alta de 5,87%, com os papéis cotados a R$ 13,70. Neste ano, as ações da Natura já sobem 11,45%.

Mais cedo, por volta das 10h31, as ações NTCO3 estavam em leilão na B3 após uma alta de 12,52%, com os papéis cotados a R$ 14,56. Antes disso, após a abertura do pregão, o ativo permaneceu em leilão por mais de 20 minutos.

Controlada da Natura (NTCO3) é condenada nos EUA

A Natura (NTCO3) informou que sua controlada, a Avon Products, foi condenada a pagar US$ 36 milhões em danos compensatórios a uma cliente pela Justiça da Califórnia e US$ 10,3 milhões em danos punitivos.

Segundo o júri, os produtos da Avon que continham talco contaminado com amianto contribuíram para o mesotelioma, câncer na membrana que cobre o interior das paredes torácica e abdominal, em uma cliente chamada Rita Chapman.  A cifra de US$ 36 milhões destina-se a cobrir os custos médicos da cliente, que teria usado os produtos em pó contendo talco vendidos pela Avon a partir da década de 1950.