O Neon fechou a compra da fintech Leve Capital, que promove uma rede de soluções financeiras para RHs de empresas clientes. A aquisição reforça o plano da empresa de apostar no consignado privado.
Além disso, a nova aquisição do Neon também segue na esteira de acordos semelhantes entre grandes bancos e desenvolvedores de sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP, na sigla em inglês). São os casos das parcerias entre Bradesco e SAP, Itaú e Totvs, Stone e Linx e até Wiz e Lugar de Gente (LG).
O valor da transação não foi revelado, mas o pagamento será em ações. Assim, os sócios da Leve se tornarão acionistas do Neon. A forma de pagamento não quer dizer que o banco digital não tenha dinheiro para fazer aquisições, já que ele está bastante capitalizado após receber um aporte de R$ 1,6 bilhão do espanhol BBVA em fevereiro.
Nova aquisição da Neon, a Leve tem mais de 300 empresas clientes
Fundada em 2019 por Gustavo Raposo, Paulo Refosco, Geovany Voi e Alexandre de Mari, a Leve tem cerca de 300 empresas clientes, que somam quase 140 mil funcionários. Desde que foi criada, já viabilizou aproximadamente R$ 50 milhões em crédito.
A fintech se financiava com emissão de debêntures e atuava como correspondente bancária da BMP Money Plus. Agora com o Neon, terá funding mais barato e mais de 1 milhão de funcionários de empresas cadastradas pelo banco digital.
Os 40 funcionários da Leve serão absorvidos pelo Neon, e Raposo deve continuar à frente da operação, que por enquanto manterá uma marca separada. A fintech já realizou duas rodadas de aporte e tem entre seus acionistas fundos como Canary, Caravela e Global Founders Capital.
Com 22 milhões de clientes, o Neon terminou o primeiro semestre com uma carteira de R$ 1,085 bilhão. O consignado privado é seu segundo principal produto, com R$ 325 milhões, atrás apenas do cartão de crédito (R$ 476 milhões).