A Nestlé informou que triplicará o investimento no Brasil, para ampliar e atualizar fábricas de biscoitos e chocolates no país no Brasil até 2026. De acordo com a companhia Suíça, será distribuido R$ 2,7 bilhões para o processo.
Ainda segundo o documento divulgado pela Nestlé, na quinta-feira (20), a valor é três vezes maior que a quantia investida nos últimos quatro anos e servirá para acelerar estratégia de crescimento da marca, no setor considerado “fatia relevante dos negócios da multinacional”.
Graças a alta demanda no setor, a Nestlé reportou alta de 24% nos últimos 12 meses, mesmo com o ambiente inflacionário que deprime os gastos dos consumidores, afirmou a companhia.
O investimento foi anunciado um mês após o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovar que a Nestlé compre a Garoto.
A Nestlé tem no Brasil o maior segmento de chocolates do grupo no mundo e o investimento vai modenizar e ampliar as linhas de produção em Caçapava (SP), Vila Velha (ES) e Marília (SP), afirmou a companhia. As fábricas abastecem tanto o mercado brasileiro quanto exportações da Nestlé Brasil para cerca de 20 países.
Nestlé: Cade aprova compra da Garoto após 21 anos de impasse
Após 21 anos de impasse, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), aprovou, na última quarta-feira (7), a conclusão da aquisição da Chocolates Garoto pela Nestlé. O acordo, porém, está condicionado a uma série de condições, nomeadas de “remédios comportamentais” para preservar a concorrência no mercado nacional de chocolates.
O Cade explicou que esse termo “remédios comportamentais” corresponde às medidas relacionadas à atividade interna da empresa, como, por exemplo, obrigações a fazer e não fazer. Ou seja, algumas condicionantes pela aprovação da aquisição da Garoto pela Nestlé. As informações são do G1.
Ficou determinado que a Nestlé não poderá adquirir, pelo período de cinco anos, ativos que representem, acumuladamente, participação igual ou superior a 5% do mercado. O compromisso não se aplica a aquisições internacionais.
Outra cláusula prevista no acordo obriga a Nestlé a comunicar ao Cade, por um prazo de sete anos, qualquer aquisição de ativos que caracterize ato de concentração no mercado nacional de chocolates, abaixo do patamar de 5%.