O Disney Plus, serviço de streaming da Walt Disney, alcançou a marca de 14,4 milhões de assinantes no trimestre, elevando o número total de pagantes para 221 milhões, o que coloca a plataforma um pouco à frente da concorrente Netflix (NFLX34).
Mesmo assim, a Disney reduziu sua meta para o número de assinantes em razão da recente perda dos direitos de transmissão de partidas de críquete da Premier League Indiana (IPL, na sigla em inglês). Em vez de 260 milhões de assinantes totais até 2024, a empresa agora prevê que o Disney Plus terá 245 milhões, segundo divulgado por funcionários.
Mas a Disney manteve o objetivo de tornar o Disney Plus lucrativo até 2024. O serviço de streaming teve prejuízo de US$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre fiscal da Disney, mais que o triplo da perda de US$ 293 milhões no mesmo período de 2021.
Para atingir a meta, pretende elevar ainda neste ano o preço de seus serviços de streaming nos Estados Unidos, medida que coincidirá com novas versões dos serviços que terão propagandas.
A Disney divulgou fortes resultados em seu terceiro trimestre fiscal, graças, em parte, aos números de visitas em seus parques temáticos nos EUA e na França, onde, apesar do aumento da inflação, o comparecimento do público superou os níveis anteriores à pandemia de covid-19.
Dessa forma, a receita trimestral aumentou 26% na comparação anual, para US$ 21,5 bilhões, e o lucro líquido subiu 53%, para US$ 1,4 bilhão. Já o lucro por ação da Disney, de US$ 1,09, superou as estimativas de Wall Street, de US$ 0,96.
Ainda, os resultados de assinantes do Disney Plus foram na contramão do esperado, uma vez que o setor do entretenimento ficou balançado após a Netflix ter revelado que estava perdendo assinantes e gerado o temor de que o mercado potencial do streaming era menor que o imaginado de início pelos investidores.