
A Hapvida e a Notre Dame Intermédica informaram nesta segunda-feira (7) que estimam em R$ 1,38 bilhão as sinergias a serem conquistadas com a fusão das duas organizações até 2024. Do total estimado para as sinergias, R$ 800 milhões (58%) virão da elevação da receita e outros R$ 330 milhão (24%) serão da redução de custos com médicos, sinistros e hospitalares. Já os R$ 2050 milhões (18%) virão de menores despesas administrativas e gerais.
As empresas iniciarão o processo de integração a partir do dia 12, a data formal da incorporação da Intermédica pela Hapvida, como foi antecipado pelo Brazil Journal. As duas marcas serão preservadas, contudo, passarão a ser negociadas sob ticker “HAPV3”, a partir do dia 14.
Segundo a estimativa, os R$ 800 milhões serão alcançados com a maior receita por conta do cross sell dos planos corporativos, do aproveitamento da capacidade da rede assistencial própria e da criação de um produto único na forma de um plano nacional.
O cálculo não trata de sinergias tributárias, e o dado pode ser tido como “tímido”, de acordo com a companhia, pois as contas foram feitas dentro das restrições legais.
“Ao longo desse último ano, trabalhamos com uma consultoria estratégica e clean teams, dentro do que é aprovado pelo regulador, já que as empresas, antes da aprovação do Cade, não poderiam compartilhar informações”, disse ao Brazil Journal Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida. “ Nós levantamos o que foi possível dentro dessas limitações, e várias outras frentes não puderam ser analisadas com profundidade, o que passaremos a fazer agora com a criação de comitês específicos”.
Jorge, que também é filho do fundador da Hapvida, será co-CEO da nova companhia juntamente com Irlau Machado Filho, CEO da Intermédica.
A combinação está desenvolvendo uma nova potência no setor de saúde no Brasil. Ambas já estavam entre as líderes no setor e se complementam: a Intermédica tem força no Sudeste e a Hapvida atua no Norte e Nordeste.