A Novonor, antiga Odebrecht, estaria interessada em assumir a construção do Porto Sul, em Ilhéus-BA. O projeto está sendo realizado pela Bamin (Bahia Mineração). A construtora, porém, ainda não definiu se entrará diretamente na briga pela construção ou se formará um consórcio com outras empresas.
Procurada pela reportagem do BP Money, a Novonor afirmou que não pode “nem afirmar e nem negar” a informação por conta de uma estratégia de negócio.
“A empresa está sempre atenta às oportunidades em que sua experiência de 80 anos em variados segmentos e atuação em 38 países possa ser útil a clientes em potencial”, resumiu em nota.
Bamin nega interesse da Novonor
No entanto, a Bamin negou que haja uma negociação em curso com a Novonor ou qualquer outro consórcio para a construção do Porto Sul.
“A empresa está atualmente em um processo de concorrência, contando com a participação de empreiteiras nacionais e internacionais, para diversas obras no projeto integrado da Mina Pedra de Ferro em Caetité, do trecho 1 da Ferrovia Oeste-Leste (FIOL) e do Porto Sul em Ilhéus”, declarou em nota.
Obras da Bamin serão entregues em 2027
O projeto do Porto Sul prevê, primeiro, a construção de um terminal para minério e, depois, outro destinado a grãos. As intervenções “onshore” [em terra] já foram iniciadas.
A Bamin aponta que o cronograma segue em curso, com previsão de entrega para 2027. Questionada sobre os rumores de um possível atraso nas obras, a companhia negou a informação e afirmou que às mesmas seguem em movimento.
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“A evolução das obras onshore (em terra) e offshore (no mar) e dos recursos que incluem mão de obra própria e terceirizada e fornecimento de materiais estão sendo gerenciados de acordo com os histogramas planejados”, declararam em nota.
Além do Porto Sul, a Bamin também é responsável pela construção da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), com previsão de R$ 5 bilhões de investimentos ao longo de 35 anos de concessão, que inclui a conclusão da ferrovia, já iniciada pelo governo federal, e a compra de material rodante.
O trecho da Fiol operado pela Bamin, que vai de Ilhéus a Caetité, interior da Bahia, já havia sido iniciado pelo governo federal, e agora caberá à empresa concluir o empreendimento.
Quando finalizada, a Fiol deverá ter capacidade para transportar 60 milhões de toneladas por ano – das quais 26 milhões deverão ser ocupadas pela produção de minério de ferro da Bamin em Caetité – quando atingir a maturidade prevista pela companhia.
A organização concluiu, em 2023, as obras inicias que abrangem o desvio da BA-001, a Ponte sobre o Rio Almada, o viaduto sobre a BA-648, o caminho de serviço Sul, acessos BA-262B e BA-262A, a interseção da BA-262 (eixos 1 e 2), a abertura da pedreira Aninga, além das portarias e escritórios.
A organização havia comunicado ao “Valor”, quando as operações foram anunciadas, que a ide seria transportar a carga, de caminhão, até um ponto da Fiol e, de lá, seguir ao Porto Sul, que possibilitaria o escoamento para 5 milhões de toneladas.
