Nubank (NUBR33) antecipa venda de “pedacinho” distribuído a clientes

Banco digital ofereceu um BDR para cada cliente na época do IPO

O Nubank (NUBR33) informou que o fim do período de lock-up para quem recebeu os BDRs (Brazilian Depositary Receipts, em inglês) do banco digital, chamados de “pedacinhos”, foi antecipado para o dia 17 de maio. De acordo com a companhia, partir desta data, todas as ações e recibos de ações do Nubank que foram distribuídos aos clientes da instituição serão liberados à venda.

Um lock-up é uma cláusula contratual que estabelece um período no qual os investidores não podem vender as ações e, dessa forma, quem recebeu o “pedacinho” do Nubank poderá vender o papel. 

“O período de lock-up será encerrado em 17 de maio de 2022, de forma a coincidir com a divulgação dos resultados, sem nenhuma relação com qualquer oferta”, informou o banco, em nota. Em tese, o “pedacinho” poderia ser  vendido 180 dias após a oferta ser protocolada, ou seja, no início de junho. 

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As ações do Nubank acumulam perda de cerca de 40% desde o IPO. À época, o banco digital distribuiu um BDR a cerca de 7,5 milhões de clientes – em um programa chamado de NuSócios – em uma oferta de cerca de R$ 225 milhões.

Dúvidas em relação a capacidade de gerar lucro do banco, somadas a um ambiente macroeconômico mais desafiador, no entanto, fizeram o preço dos papéis despencar.

Nubank se prepara para brigar com bancos de investimentos

Em meio a desvalorização das ações distribuídas aos clientes, O Nubank estuda iniciar uma área dos bancos de investimento, “com a estruturação de emissões e captações para empresas, como debêntures e certificados de recebíveis”, de acordo com informações da “Agência Estado”.

Além de aumentar sua receita com a operação da Nu Invest, “a ideia é oferecer estes papéis como alternativa de investimento à sua enorme base de clientes de cartões no Brasil, que já supera 52 milhões de pessoas”, informou a reportagem.

E o negócio do Nubank já estaria fechado. A Nu Invest teria sido a coordenadora líder de uma operação de R$ 130 milhões em CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) da Vert Securitizadora. A emissão é lastreada em debêntures da incorporadora You Inc, que vai usar os recursos para bancar obras. 

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