Nubank (NUBR33) lidera reclamações por invasão de conta; veja como se proteger

O Nubank teve 299 reclamações registradas no primeiro semestre de 2022

Com o aumento de roubos a celulares, cresceram também as reclamações de invasões a contas bancárias, principalmente em bancos digitais, de acordo com o ReclameAqui. O líder da lista é o Nubank (NUBR33), com 299 reclamações registradas no primeiro semestre de 2022.

Logo atrás do Nubank aparece o Mercado Pago, com 270, e o PicPay, com 128 reclamações. As três empresas são responsáveis por 54% das reclamações no período, mais da metade de todas as outras juntas.

Nenhum banco está imune a esse tipo de ação, até porque depende muito do nível de segurança em que o dono deixou o aparelho. Entretanto, os usuários não reclamam apenas da facilidade de que ladrões conseguem invadir suas contas bancárias, mas também da demora para reverter o prejuízo dos clientes e até mesmo dar uma resposta.

Um cliente de São Paulo deixou um comentário na plataforma de reclamações afirmando que, assim que foi roubado, entrou em contato com o Nubank para informar e pedir o bloqueio do aplicativo e o cancelamento dos cartões. 

Ainda assim, os criminosos fizeram uma compra de mais de R$ 2 mil no cartão virtual (que deveria ser protegido por senha). A vítima relata que fez um B.O (boletim de ocorrência). O banco, no entanto, não aceitou o documento porque nele não constava o valor exato da compra indevida. 

“Eu não tinha nenhuma visibilidade do que tinha sido feito na minha conta quando fiz o boletim, então fiz um outro B.O., com o valor da compra incluso, e enviei. Todos os dias desde então eu recebo vários e-mails diferentes, de pessoas diferentes, falando coisas diferentes com relação a minha contestação, mas nenhuma resolução. E agora estão me cobrando, já que minha fatura fechou com esse valor incluso”, explicou o usuário, segundo o Valor Investe. 

O mesmo usuário disse que também foram realizadas compras indevidas com seu cartão virtual do Itaú, mas o banco resolveu o problema em três dias, enquanto o Nubank passou mais de 10 dias para apresentar solução.

Nubank diz que orienta clientes a como se proteger

Ainda de acordo com à publicação, o Nubank emitiu uma nota oficial informando que orienta os clientes a se proteger por meio de conteúdos sobre o tema em seus canais. 

A empresa diz ainda que usa inteligência artificial, as “mais precisas ferramentas de dados biométricos com prova de vida, que se difere da biometria de alguns modelos de aparelho de celular”.

Porém, mesmo com a tecnologia empregada, os relatos de falhas seguem causando bastante prejuízo a quem tem conta no roxinho. Não só no ReclameAqui, mas também no Twitter, vítimas de roubo denunciam a demora dos bancos para resolver os problemas.

Fintechs afirmam que instituições são seguras

A Zetta, associação que congrega Nubank, Mercado Pago e outras fintechs, informaram que essas instituições são seguras e “investem constantemente em tecnologias para aumentar ainda mais a segurança das operações financeiras dos clientes”.

Leia também: Mudança na conta do Nubank (NUBR33) pode prejudicar cliente e fintech

Ainda de acordo com a associação, bancos digitais e fintechs, como o Nubank, fazem “uso intensivo de tecnologias inovadoras para prevenir crimes, como o uso de reconhecimento facial para validação de identidade e prova de vida, assim como modelos de inteligência artificial para avaliação de risco”.

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