Após atingir recordes em valor de mercado e superar expectativas em relação ao balanço trimestral, Jensen Huang, fundador e CEO da NVidia (NVDC34), diz que “a computação acelerada e a IA generativa atingiram o ponto crítico”, em decorrência do aumento da demanda por semicondutores no mundo.
A procura por chips fez a NVidia (NVDC34) atingir um valor de mercado de US$ 2 trilhões. No quarto trimestre de 2023, a companhia apresentou receita de US$ 22,1 bilhões, correspondendo a uma alta de 265%, em relação ao mesmo período no ano anterior.
O resultado vem acompanhado de negociações de destaque, como a colaboração com o Google, de otimizações no data center da NVIDIA e nas plataformas de IA de PC para Gemma, e a expansão da colaboração da Amazon Web Services, para hospedar NVIDIA®️ DGX™️ Cloud na AWS.
A empresa também traz como destaque sua atuação no setor automotivo, que encerrou o trimestre com US$ 281 milhões. O dado representa crescimento de 8%, em relação ao 3º trimestre de 2023. Segundo Huang, a plataforma de data center da organização é alimentada por motivadores mias diversos.
A variedade de setores carece de uma série de serviços, como processamentos de dados, armazenamento em nuvem, entre outros.
“As indústrias verticais – lideradas pela indústria automóvel, pelos serviços financeiros e pela saúde – estão agora num nível multibilionário”, justificou o CEO.
Além disso, Huang fala sobre o crescimento de operações lançadas.
“A NVIDIA RTX, lançada há menos de seis anos, é agora uma enorme plataforma de PC para IA generativa, aproveitada por 100 milhões de jogadores e criadores”.
A partir daí, Huang declara que no próximo ano fiscal a empresa deve trazer um novo ciclo de produtos, para seguir impulsionando o setor.
Analistas comentam resultado da NVidia (NVDC34)
Considerando que os resultados da NVidia (NVDC34) eram um dos mais esperados. Analistas entendem que a empresa teve um crescimento considerável num tempo curto, logo, a companhia deve estimular setor, ficando em linha com o esperado pelo mercado.
Na perspectiva de Caio Fasanella, diretor-executivo e head de investimentos da Nomad, os números agitam investidores, com uns acreditando que a companhia iniciará um novo ciclo de crescimento e outros, por outro lado, esperando que esse tenha sido o teto e agora será a hora de analisar as concorrentes.
“Os resultados da Nvidia certamente vão gerar muitas discussões entre analistas de mercado. Alguns vão ficar eufóricos e apostar em mais um novo ciclo de crescimento da pioneira do hardware de última geração. Outros, mais céticos, talvez considerem que a Nvidia já está grande demais e será melhor olhar para os concorrentes que vão emergir daqui para frente”.
Por essa ótica, o mercado passa a observar não somente os atuais resultados, mas os desdobramentos das direções que a empresa tomar. Sendo assim, analistas creditam que a NVidia parece se esforçar para não se “estabilizar”.
“Os principais vetores para isso são as transições geracionais em computação, a amplitude da base de clientes, as restrições contínuas de fornecimento, seu roteiro e o potencial para reacender um negócio na China”, disse o gerente de portfólio de Tecnologia na Janus Henderson Investors, Richard Clode.
Clode ainda acrescenta que “as restrições mais rígidas à exportação de semicondutores dos EUA reduziram os negócios da nVidia na China a apenas uma porcentagem de um dígito médio de seus negócios de data center, mas a empresa agora está testando novos chips compatíveis na China com o potencial de reacender seus negócios de data center na China no futuro.”
O CEO da organização, Jensen Huang, afirmou na última quarta-feira (21), à “Reuters” que a empresa estava oferecendo, aos clientes, amostras dos seus dois novos chips de inteligência artificial, destinados ao mercado chinês.
“Estamos experimentando com os clientes agora. Estamos aguardando ansiosamente o feedback dos clientes”, disse ele, no esforço de manter o domínio na China.
A organizaçõa já sinalizou que atende a uma base de clientes variados e presta uma gama de serviços, implicando em investimentos em informação e novas tecnologias de ponta.
Nesse sentido, o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori sinaliza que: “O CEO da empresa atiçou o mercado ao dizer com todas as letras que estamos só no início de um processo sem volta onde a demanda por poder computacional é astronômica entre empresas, setores de atividades e países”.