Os balanços do 3º trimestre de 2021 fizeram com que os papéis de varejistas renomadas derretessem. Esse foi o caso da Via, Americanas e, principalmente, Magazine Luiza.
O e-commerce, que teve um crescimento acelerado durante os momentos mais duros da pandemia pelo coronavírus, está sofrendo com grandes perdas em seu dream team. Em 2020, comprar pela internet se tornou uma das principais atividades que movimentaram a economia, afinal, com as lojas físicas fechadas e a circulação de pessoas estava restrita apenas aos serviços essenciais.
Mas parece que com o retorno das atividades do varejo físico, atrapalharam os resultados do trio de ouro do e-commerce brasileiro, que juros possuem quedas de mais de 60% este ano.
O analista de investimentos da BP Money, Pedro Queiroz, disse que existem outros fatores que ocasionaram essa queda. A inflação não é um problema exclusivamente do Brasil e vem contribuindo com essa negativa, assim como a dificuldade de acesso a crédito.
Segundo ele, a Via teve um problema de provisionamento trabalhista, o que diminui a confiança do mercado na empresa, e ainda mantém uma base associada demais a usar os créditos fiscais que possui. Já a Magalu enfrentou um problema um pouco diferente, a empresa, que teve uma teve queda de 7,78%, a R$ 6,28 nesta quinta-feira (9), está perdendo seu market share no Brasil.
‘’O problema do varejo como um todo principalmente esses três players, estão sofrendo com a competitividade dos players internacionais. Empresas como Shoppe, Shein e Alibaba são exemplos de concorrentes que vem trazendo esses obstáculos para as varejistas brasileiras’’ argumentou.
Embora esses os últimos meses tenham sido de uma pressão negativa extra sob o setor de varejo, os analistas do BTG Pactual acreditam que o e-commerce brasileiro deve crescer 26% este ano, após ter tido alta de 66% em 2020. O crescimento anual até 2025 deve ser, em média, de 24%, o que representaria 20% do total das vendas no varejo.
A visão positiva do grupo parte da tendência de crescimento que deve seguir sendo motivada pela baixa capilaridade vista no país quando comparado a outros mercados e a consolidação vista no setor após a mudança do varejo físico para o online.
Para 2022, Pedro Queiroz deixou um alerta sobre a ocupação dos players asiaticos que estão se tornando preferencia dos brasileiros na hora de fazer as compras. ”Os brasileiros estão abrindo os olhos, mas ainda não estamos vendo tanto impacto, O que pode acontecer ainda é incerto, mas eles seguem se tornando mais relevantes, exemplo disso é a Shein que é um dos apps mais baixados”, completou.