Campeão italiano

Oaktree, de Marks, assume Inter de Milão após 'calote' de ex-dono

A gestora assume o time após o conglomerado chinês Suning Holding Group não pagar dívida de 395 milhões de euros

Inter de Milão
Inter de Milão, atual campeão italiano / Foto: reprodução/Instagram

A Oaktree Capital Management, gestora de Howard Marks, assumiu o controle do Inter de Milão, atual campeão italiano e um dos maiores clubes de futebol do mundo.

A empresa de Marks assume o time após o conglomerado chinês Suning Holding Group, agora ex-dono do Inter de Milão, não pagar um empréstimo de 395 milhões de euros (US$ 428 milhões).

“Como novos proprietários, reconhecemos nossa responsabilidade para com a comunidade, a história e o legado da Inter de Milão […] Estamos comprometidos com o sucesso do clube a longo prazo”, disse Alejandro Cano, diretor administrativo e codiretor da estratégia de oportunidades globais da Oaktree, em comunicado.

A Suning esteve em negociações com a Pacific Investment Management para refinanciar sua dívida nas últimas semanas, mas não foi possível chegar a um acordo antes do vencimento do empréstimo da Oaktree, na terça-feira (21). 

Na Oaktree de Howard Marks, a aposta é o contrário do senso comum atual

Investidores tendem a se comportar como cardumes, em conjunto e junto com as altas e baixas do mercado. Mas entre os tubarões do setor financeiro, a tendência é seguir contra a maré.

É a eles, gestores como Warren Buffett e Howard Marks, fundador da Oaktree Capital Management, que todos os olhares se voltam em momentos de crise.

Na prática, essas lendas do setor financeiro compartilham algumas vantagens que os colocam à frente do resto: com poderosas estruturas e equipes experientes, baseiam sua visão de investimentos em uma rigorosa política de gestão de riscos.

Mesmo com um portfólio relativamente conservador, não se trata de fugir dos riscos – muito pelo contrário – mas de mantê-los sob controle. 

Tanto que, desde o ano passado – e mesmo muito antes das sucessivas baixas dos mercados globais -, a gestora de Marks, uma das maiores em ativos de risco e de crédito no mundo, vem fazendo significativas mudanças no seu portfólio de investimentos.

A aposta, claro, segue no sentido contrário do senso comum: atenção a oportunidades para expor a carteira a ativos de renda variável com boas perspectivas de retorno com as janelas que surgirão na crise. 

É preciso lembrar que os fundos da Oaktree fazem uma alocação diversificada do capital, que varia por portfólio. A gestora está posicionada hoje com 60% de exposição a ativos de renda variável e 40% investida em renda fixa.

A razão por trás desse movimento foi reduzir o duration, prazo médio ponderado de um título pré-fixado para recuperar o investimento, que atualmente está em 1,7.