Após conseguir proteção na Justiça, a Oi (OIBR3) divulgou na segunda-feira (6) a lista de credores. Com uma dívida de R$ 29,7 bilhões, a companhia tem valores pendentes com 14 instituições financeiras, segundo documento apresentado à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
De acordo com o documento, o maior credor da Oi é o Bank of New York Mellon com um montante de US$ 1,73 bilhão (R$ 9 bilhões). Nesse caso, a instituição administra títulos de dívida da Oi adquiridos por investidores. Em seguida aparece o agente fiduciário GDC Partners com montante de R$ 8,26 bilhões.
Entre os credores brasileiros, o banco com maior exposição é o Itaú BBA, para o qual a empresa de telefonia deve R$ 2 bilhões. Confira a lista completa de credores da Oi:
BNY Mellon (US$ 1,73 bilhão ou R$ 9 bilhões)
GDC Partners (R$ 8,26 bilhões)
Wilmington (US$ 1,03 bilhão ou R$ 5,36 bilhões)
China Development Bank (US$ 731,97 milhões ou R$ 3,82 bilhões)
Itaú BBA (R$ 2 bilhões)
Fundação Atlântico de Seguridade Social (R$ 948,12 milhões)
Banco do Nordeste do Brasil (R$ 156,4 milhões).
Banco da Amazônia (R$ 100 milhões)
Bradesco (R$ 34,4 milhões)
ABC Brasil (R$ 2,5 milhões)
Santander (R$ 2,2 milhões)
BNP Paribas (R$ 675 mil)
Fibra (R$ 29 mil)
Modal (R$ 25 mil)
Situação financeira da Oi (OIBR3) é precária, diz BTG
A situação financeira da Oi (OIBR3) é “precária”, de acordo com o BTG Pactual (BPAC11). Na visão do banco, apesar da autorização do pedido de tutela de urgência da operadora ser crucial para a empresa continuar funcionando, a participação da companhia na V.tal (seu maior ativo) não pagaria sua dívida de R$ 29 bilhões.
A liminar, que foi aceita pela Justiça nesta sexta-feira (03), protegerá a Oi dos credores. Diante deste valor bilionário, o banco de André Esteves estima que a participação da operadora na empresa V.tal não seria suficiente para pagar toda a dívida.
Além disso, segundo o BTG, o controle da Oi sobre a empresa foi reduzido. “A participação da Oi na empresa de infraestrutura foi diluída, e agora estimamos participação em torno de 30,8%”, escreveram os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla, em relatório.
O banco acredita que a solução está na negociação com os credores, na obtenção de novos “haircuts” (diminuição do valor da dívida). Apesar disso, os credores acabaram rejeitando a primeira proposta da Oi, divulgada ao mercado no final de 2022.