A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) fechou acordo de R$ 1,38 milhão com Camille Loyo Faria, ex-diretora de relações com investidores da Oi (OIBR3) e da TIM (TIMS3), para encerrar dois processos relacionados à divulgação de fato relevante.
Além do acordo com a ex-diretora da Oi, o órgão regulador do mercado de capitais rejeitou acordo com Tang David, diretor de relações com investidores da Marfrig (MRFG3), por falhas na comunicação no dia da compra da BRF (BRFS3).
A primeira acusação contra Camille Faria, que era diretora de relações com investidores da Oi, foi de divulgação tardia da oferta de Claro, Vivo e Tim pela rede móvel da companhia telefônica.
Em outro processo, a acusação se deveu à ausência de fato relevante, em novembro do ano passado, quando foi noticiado que a Telecom Italia, controladora da Tim, teria recebido uma oferta de compra da telefônica brasileira. Faria era diretora de relações com investidores da Tim na época.
As ações ordinárias da Oi (OIBR3) encerraram a sessão da última quinta-feira (22) estáveis, enquanto as preferenciais (OIBR4) tiveram alta de 5,77%, a R$ 0,55.
CVM multa PetroRio (PRIO3) por omissão em compra de ações da Oi
A CVM ordenou que a PetroRio (PRIO3) pague uma multa de R$ 400 mil por não divulgar que realizava compra de ações da companhia
com o mesmo interesse do fundo Société Mondiale. As informações são do “O Estado de S. Paulo” e foram publicadas na noite da última sexta-feira (16).
A gestora do fundo Société Mondiale, a Bridge administradora de Recursos, também terá que pagar R$ 400 mil, já que CVM julgou que o fundo também omitiu que tinha o mesmo interesse que a PetroRio.
A PetroRio detinha 89% do patrimônio líquido do Société Mondiale, e o fundo, por outro lado, possuía 14% do capital social da PetroRio.
Essas operações do fundo Société Mondiale ocorreram em junho de 2016, pouco antes da recuperação judicial da Oi entrar em ação. O fundo Société Mondiale conseguiu alcançar uma participação de 6% do capital social da Oi, através da compra de ações.