Oi (OIBR3): CEO diz que empresa evoluiu bastante na reestruturação

CEO da Oi afirmou que a empresa já evoluiu bastante em sua reestruturação financeira

O CEO da Oi (OIBR3), Rodrigo Abreu, afirmou que a empresa já evoluiu bastante em sua reestruturação financeira. A fala aconteceu nesta terça-feira (23), em teleconferência com analistas. O executivo também disse que o plano de recuperação judicial visa reduzir o endividamento financeiro e tem foco nos credores financeiros e passivos onerosos.

Na noite de sexta-feira (19), a Oi informou ao mercado que seu conselho de administração aprovou os termos e condições do plano de recuperação judicial proposto, o segundo da companhia. Por meio dele, a operadora planeja buscar financiamento emergencial de pelo menos R$ 4 bilhões, além de renegociar dívidas. As informações são do jornal “Valor Econômico”.

“O plano de recuperação judicial tem como objetivo criar uma alavancagem sustentável e um plano operacional para continuar desenvolvendo a Nova Oi”, disse Abreu. Entre os objetivos, está reduzir a dívida financeira, estimada em cerca de R$ 30 bilhões, em 50%. Outro ponto visa postergar o vencimento das dívidas, inicialmente previsto para 2025, para 2027 ou 2028.

Oi prejuízo sobe quase 400% no 4T22

Após seguidos adiamentos, a Oi enfim divulgou os resultados do quarto trimestre de 2022 da companhia na segunda (22), e o relatório apontou um prejuízo líquido de R$ 17,6 bilhões. A cifra é 396,3% maior que a do mesmo período de de 2021, quando foi registrado uma perda de R$ 3,559 bilhões. O balanço foi divulgado na noite de segunda-feira (23). Prejuízo foi muito além do esperado pelo consenso Refinitiv.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina somou R$ 396 milhões, queda de 76,8% em um ano, acima dos R$ 243,1 milhões negativos previstos pelo consenso Refinitiv. Já a margem Ebitda de rotina ficou em 13,2% no acumulado de outubro a dezembro do ano passado, ante 32,9% apurado em igual período de 2021, 19,7 pontos porcentuais a menos no comparativo anual.

A receita líquida caiu 42,1% na comparação anual no quarto trimestre do ano passado, para R$ 2,649 bilhões contra R$ 4,571 bilhões do mesmo período de 2021. 

A Oi afirma que o resultado foi bastante impactado pela redução das receitas de operações descontinuadas, principalmente após a conclusão das alienações total da UPI Ativos Móveis e parcial da UPI InfraCo, conforme previsto no Plano Estratégico de Transformação da companhia.

No fechamento do quarto trimestre, a dívida líquida da companhia foi de R$ 19,079 bilhões, representando uma queda de 41,4% em relação ao mesmo período de 2021, quando a empresa registrou um valor de R$ 32,573 bilhões para esse indicador.