A Oi (OIBR3;OIBR4) realizará, na próxima segunda-feira (22), às 15h30, um novo leilão para a venda de oito mil torres de telefonia fixa, com preço mínimo, conforme o edital, de R$ 1,697 bilhão e pagamento em dinheiro.
O leilão irá envolver contratos, direitos, obrigações, licenças e demais equipamentos necessários à operação, como apurou o jornal “Valor Econômico”. Ainda, as torres são do conjunto estrutural no qual são instaladas as antenas para transmissão de radiofrequência e demais equipamentos.
Segundo o documento, assinado pelo juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, os interessados em participar devem entregar suas propostas em envelopes lacrados até às 12h, do dia 22, à Vara, mesma jurisdição onde tramita o processo de recuperação judicial da Oi.
Para o leilão, os ativos foram reunidos na sociedade de propósito específico SPE Torres 2, batizada de Lemvig Serviços de Televisão por Assinatura S.A., cujas ações, todas pertencentes à Oi, serão vendidas.
Uma fonte da diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) disse ao Valor que não há grandes preocupações com essa operação. Ainda assim, o órgão ficará atento por conta de bens reversíveis da telefonia fixa que a Oi terá de prestar contas ao fim dos contratos de concessão que vencem em 2025.
Interessados no leilão da Oi
A gestora de infraestrutura Highline (NK 108 Empreendimentos e Participações S.A.) apresentou proposta vinculante no início de agosto, estabelecendo o preço mínimo para a licitação da Oi. Dessa forma, a empresa ganha direito de cobrir a última oferta apresentada por outros pretendentes.
Ainda, outras duas companhias se apresentaram interessadas no leilão da Oi: American Towers e IHS, que antecipou a informação ao site “Tele.Síntese”.
No leilão do dia 22, os ativos foram reunidos sob a SPE Torres 2 (sociedade de propósito específico), batizada de Lemvig Serviços de Televisão por Assinatura S.A. serão vendidas 100% das ações dessa unidade, todas pertencentes, hoje, à Oi.
Ainda, o edital do leilão aponta que estão previstas receitas decorrentes de aluguel pela locação de espaço pelo grupo Oi e por outras operadoras, reembolso de aluguéis dos terrenos de terceiros onde as torres estão instaladas, além de demais despesas rateadas entre a Oi e operadoras rivais que ocupam as torres.