A Oi (OIBR3) informou ao mercado nesta quarta-feira (13) que deve concluir a venda da unidade móvel (UPI de Ativos Móveis) na próxima quarta-feira, dia 20 de abril. A companhia vendeu o ativo, em recuperação judicial, para o consórcio formado por Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3), e Claro, no valor de R$ 16,5 bilhões. A venda foi concluída em dezembro de 2020.
De acordo com o pronunciamento da Oi, as companhias envolvidas na negociação trocaram notificações confirmando o cumprimento ou dispensa, conforme o caso, de “todas as condições precedentes para a conclusão da Operação e, nos próximos dias, darão continuidade aos procedimentos necessários para o fechamento”.
Ainda de acordo com a nota, em função da conclusão da operação, a empresa iniciará uma oferta pública para aquisição em dinheiro de todas as notes com garantia sênior com vencimento, e juros remuneratórios semestrais de 8,75% em 2026. A remuneração por essas Notes será de US$ 1.029,17, conforme a Cláusula 4.07 da escritura de emissão das notes, datada de 30 de julho de 2021.
A Oi também confirmou que o comunicado ao mercado contendo mais explicações sobre a oferta pública de aquisição será divulgado ainda hoje (13).
Recuperação judicial da Oi já foi adiada anteriormente
O processo de recuperação judicial da companhia tinha como fim previsto o mês de outubro de 2021, porém, houve o adiamento até março deste ano, por conta da complexidade.
Apesar disso, o prazo que venceria no dia 31 do último mês, foi postergado em mais 60 dias, após novas determinações de Fernando Viana, o juiz da 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro e responsável pelo caso.
Após acumular R$ 65 bilhões em dívidas com mais de 55 mil credores, a tele iniciou o processo de recuperação judicial no ano de 2016. Desde então, a companhia teve algumas aprovações de planos de recuperação, porém o mesmo sofreu alterações com o tempo, como a prorrogação de prazos, descontos nos pagamentos a credores, e inclusão de vendas de ativos.
No último ano, a Oi acumulou a queda de 57,98% em suas ações, mas as expectativas são de recomposição na dívida do dólar após a venda da unidade móvel.