A Oi (OIBR3;OIBR4), em recuperação judicial, terá cerca de R$ 26,4 bilhões em novos recursos para impulsionar a companhia no mercado novamente. Além do crescimento com fibra óptica, a empresa conta com a venda de ativos da Oi Móvel e a segregação do controle da V.Tal, ex-Infraco. As informações são do “Infomoney”.
Em teleconferência com investidores, o CEO da Oi, Rodrigo Abreu, destaca que a fibra óptica configura parte importante nos negócios da companhia. O projeto passará a ser a principal fonte de receita da empresa, tendo em vista a recente conclusão da venda de seus ativos móveis.
Veja também: TIM deve vender ou desativar 60% das torres compradas da Oi
Nesse sentido, Abreu argumenta que a Oi vem provando a solidez do projeto no decorrer dos anos, que pode ser observada com o aumento gradual, porém expressivo, da receita advinda do segmento. Em 2021, a receita com fibra foi de R$ 2,9 bilhões, mais do que o dobro da obtida em 2020, de R$ 1,4 bilhão. Em 2019, era de apenas R$ 284 milhões.
“Isso vem com uma grande base de casas conectadas (cerca de 3,4 milhões), mas também mostra uma melhoria contínua na receita média por usuário, que se aproxima de R$ 90”, diz o CEO.
O crescimento da receita média por usuários é reflexo direto da melhora das velocidades nas casas conectadas. No quarto trimestre, as velocidades mais elevadas representavam cerca de 14,2% das conexões totais. Além disso, a empresa foi a que mais ganhou market share no segmento de fibra óptica em 2021, com 14,6 milhões de casas passadas. Com isso, conforme defende o executivo, a companhia tem se mostrado capaz de lançar e executar o projeto a longo prazo.
“Entregamos, assim, o guidance completo que confirmamos no início do ano. Conseguimos ver também o declínio do negócio de cobre e confirmar que a receita residencial vai continuar crescendo no futuro”, afirma Abreu.
Leia também: Oi (OIBR3) vende operação de TV via setélite para a Sky
Além dos avanços na receita com a fibra óptica, a alavancagem da Oi (OIBR3;OIBR4) será impulsionada com os recursos de duas vendas recentes: da Oi Móvel e do controle da V.Tal, ex-Infraco. “No todo, nós teremos R$ 26,4 bilhões em novos recursos para fazer a desalavancagem da companhia”, disse o CEO da companhia.
De acordo com Abreu, a segregação da V.tal foi essencial para o crescimento em fibra óptica da Oi (OIBR3;OIBR4), que fez a empresa chegar a um maior número de cidades. “Temos 9 novos contratos de rede neutra assinados, cobrindo 48 cidades”, destacou.