Com fim da recuperação judicial, a Oi (OIBR3;OIBR4) estuda separar as operações da Oi Fibra em uma nova empresa independente, batizada temporariamente como ClientCo, segundo apurou a Coluna do Broadcast, do jornal “O Estado de S. Paulo”.
A iniciativa deve abrigar os ativos da Oi Fibra, que são a base de clientes, canais de comunicação, venda e atendimento e os sistemas para a prestação do serviço de banda larga.
Ainda segundo fontes consultadas pela publicação, a cisão na Oi pretende abrir caminho para que essa unidade receba investimentos e expanda as operações com mais intensidade.
Dessa forma, a Oi não descarta a atração de sócios, abertura de capital na Bolsa e/ou participações em fusões e aquisições. Neste cenário, a companhia de telecomunicações ficaria com 70% de participação da ClientCo.
Ainda, a unidade responsável pela telefonia fixa, a TV por assinatura e as subsidiárias de manutenção de redes e call center continuariam dentro da Oi. A Oi Soluções, responsável pelos serviços de tecnologia da informação e de conectividade para empresas, também seguiria dentro da empresa-mãe.
Oi tem dívida bilionária
Dados da Status Invest apontam que a Oi ainda possui R$ 22 bilhões em dívida bruta e R$ 18,3 bilhões em dívida líquida, mesmo com o fim da recuperação judicial da empresa.
Por isso, a Oi voltou a negociar com os credores para repactuar os vencimentos. No curto prazo, uma injeção de R$ 1 bilhão daria fôlego à Oi, que tornou pública uma proposta de negociação com os credores.
Por volta das 13h10 (horário de Brasília) desta quinta-feira (05), as ações da Oi (OIBR3) operavam estáveis, a R$ 0,16. OIBR4 tinha alta de 1,89%, a R$ 0,54.