O administrador judicial da Oi (OIBR3) entregou o QGC (quadro geral de credores) da companhia à Justiça do Rio de Janeiro, documento necessário para a conclusão do processo de recuperação judicial da companhia.
Agora, já é possível que o juiz Fernando Viana, responsável pelo caso, conclua o processo da recuperação judicial da Oi, ainda que a finalização do plano ainda dependa de uma nova análise do Ministério Público.
O documento da empresa foi entregue na última segunda-feira (27), último dia do prazo estipulado no mês de março pelo juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio.
A operadora entrou em recuperação judicial após a realização de diversas compras que comprometeram sua saúde financeira.
A dívida de R$ 65 bilhões constatada em setembro de 2016 colocou a companhia em processo de recuperação judicial, em que a companhia seria dividida entre os setores de fibra óptica, data center, torres e ativos móveis.
Para dar sequência ao plano, a Oi concluiu sua venda de ativos para as concorrentes Vivo (VIVT3), Tim (TIMS3) e Claro, no dia 20 de abril deste ano.
A conclusão da operação permitiu à Oi realizar o pagamento em dinheiro de R$ 14,5 bilhões.
Conclusão da recuperação judicial da Oi ainda pode levar mais tempo que o esperado
De acordo com entrevista cedida ao “Teletime”, a advogada Adriana Conrado Zamponi, do administrador judicial da Wald Advogados, afirmou que a Justiça irá abrir vista do processo ao Ministério Público e esperar a opinião do órgão sobre o caso.
“Após isso o juiz irá elaborar a sentença, mas não há prazo certo. E considerando o volume do processo, a elaboração dessa sentença não é da noite para o dia. Ele provavelmente precisará de um tempo para preparar”, disse Zamponi.
Zamponi também confirmou que desde que a companhia entrou em recuperação judicial, em 2016, o número de incidentes registrados na plataforma on-line de negociações com credores chegava a mais de mil por mês.
Quando foi realizado o pedido de recuperação, a Oi possuía mais de 500 mil ações movidas, que aumentaram com o passar dos anos. Entretanto, a Justiça determinou que a plataforma deveria ser fechada.