O leilão de 8 mil torres da operadora Oi (OIBR3) será realizado nesta segunda-feira (22). Highline, American Tower e IHS irão disputar os ativos. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não participará da negociação.
O leilão irá ser conduzido pelo juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde tramita o processo de recuperação judicial da Oi.
O preço mínimo é de R$ 1,697 bilhão, com pagamento em dinheiro. Em 1º de agosto, a Highline fez uma proposta pelas torres, estabelecendo o valor mínimo para a licitação. A Highline tem o direito de cobrir a última oferta que possa ser apresentada por outros concorrentes.
Em relato ao jornal “Valor Econômico”, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, afirmou que não há qualquer impedimento de natureza concorrencial com as gestoras interessadas nos ativos da Oi, visto que elas atuam no mercado de torres.
A Oi irá contactar a Anatel e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) quando o vencedor do leilão for definido. A operadora precisa pedir autorização para venda do ativo.
Segundo Baigorri, a Oi também terá que pedir autorização simplesmente para transferência de bens ou passar os bens para a sociedade de propósito específico (SPE) e vender o controle ao comprador.
Oi (OIBR3) registra prejuízo de R$ 321 milhões
Em 11 de agosto, a Oi (OIBR3;OIBR4) informou que registrou um prejuízo de R$ 321 milhões no segundo trimestre de 2022, revertendo o lucro de R$ 1,139 bilhão no 2T21 e de R$ 1,782 bilhão no 1T22.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do trimestre foi de R$ 384 milhões, uma baixa de 69,8% em relação ao 2T21 e de 68,5% em relação ao 1T22. Enquanto a margem Ebitda da companhia foi de 14,0% no 2T22, ante 29,3% do 2T21 e 27,8% do 1T21.
A receita líquida da Oi ficou em R$ 2,770 bilhões, uma baixa de 36,9% na comparação anual e de 37,3% em relação ao 1T22. Já a receita líquida das operações brasileiras ficou em R$ 2,740 bilhões, registrando uma baixa de 37,5% em relação ao 1T22 e 36,8% em ao 2T21.
“Essa redução ocorreu em função da conclusão das alienações da UPI Ativos Móveis e da V.tal”, afirmou a Oi.