Com a sua nova roupagem, a Oi pretende captar uma receita anual de R$ 15 bilhões dentro de três anos, após o seu processo de recuperação judicial. A projeção foi divulgada ontem por Rodrigo Abreu, presidente da operadora de telecomunicações.
“Quando a gente desenhou o plano de reestruturação lá atrás, tinha duas coisas principais, a venda da [operação] móvel para trazer recursos para dentro de casa, para desalavancar a companhia, e continuar a investir naquilo que a gente acredita que é o diferencial competitivo, que é a presença da fibra, a presença como um grande provedor de serviços”, declarou o executivo em evento promovido pela XP Investimentos, como foi comunicado pela Valor.
Em 2020, a receita líquida da companhia somou R$ 18,5 bilhões.
Para Abreu, a separação estrutural da empresa permitiu a ela manter o foco em serviços e no atendimento ao cliente. “Não temos mais outra escolha daqui para frente, não vamos mais ter o dia a dia da infraestrutura de fibra”, disse.
O executivo ressaltou que também deve ser considerada a participação de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões na V.tal, que segundo ele pode ser valorizada, indo de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões em “pouco tempo”.
A V.tal é uma companhia independente de rede neutra que tem foco em atender todos os clientes de forma isonômica. A Oi detém 42,1% do capital social da companhia.
Além disso, Abreu declarou que “a Nova Oi acredita que existe potencial muito grande de crescimento da fibra no país, com espaço para todos os players do mercado. Mas a empresa quer ser a maior do país”.
Contudo, em relação ao 5G, ele afirmou que nem a Oi nem a V.tal pretendem participar do leilão para a frequência do 3,5 GHz, pois não valeria a pena já que as operações móveis da companhia estão quase encerradas.