A Omega Geração propôs aos acionistas uma fusão com a Omega Desenvolvimento, empresa de greenfield detida pelos controladores. A combinação, já aprovada pelos conselhos a ser submetida à assembleia de acionistas, formará a Omega Energia, empresa integrada de ativos operacionais, em obras e projetos com capacidade para superar 4.500 MW em funcionamento até dezembro de 2024. As informações são da Pipeline Valor.
Há cinco anos, as companhias foram segregadas para o IPO da Omega Geração por uma demanda de investidores, que queriam reduzir o risco a projetos e entrar nem uma empresa operacional. Agora, isso mudou: muitos dos investidores vinham provocando a companhia para essa união de operação e entrada em projetos.
“Naquela época, antes do IPO, houve pushback de investidores em função de conjuntura, havia outras companhias pré-operacionais e de projetos que não iam bem e o retorno que recebíamos nas conversas era que só uma companhia operacional, mais previsível, segura, seria interessante . Por isso separamos os negócios “, afirmou Antonio Bastos Filho, fundador e CEO da Omega, ao Pipeline .
“Conforme o tempo foi passando, o mercado foi conhecendo a Omega, os projetos em desenvolvimento, o tempo e o histórico de execução. Também os juros baixos aumentaram o apetite por retornos de greenfield”, disse.
Ainda nessa alteração, a renovação parcial da base de acionistas, com a entrada de fundos dedicados ao ESG. O CEO preve que, desde o IPO, 25% da base acionária foi renovada no último ano com investidores com temática de sustentabilidade e ao menos 25% são acionistas que entraram no IPO e nunca saíram.
No entanto, a união não teria sentido para os acionistas se não houvesse demanda para novas usinas geradoras. “O mercado hoje está num momento muito favorável para novos desenvolvimentos. Nos últimos meses, na Desenvolvimento, fechamos contratos com Heineken, Cargill, Bayer, nunca vimos tantos clientes interessados ??em comprar energia de longo prazo”, diz Bastos Filho.