Posição de 12%

Oncoclínicas levanta R$ 1,5 bi ancorada pelo Banco Master

Dois fundos do Master vão subscrever R$ 1 bilhão das novas ações

Oncoclínicas / Divulgação
Oncoclínicas / Divulgação

Em mais um fomento ao apetite para o mercado de M&A demonstrado nos últimos tempos pelo Banco Master, a instituição assume protagonismo no aumento de capital de R$ 1,5 bilhão da Oncoclínicas, em parceria com o fundador da empresa, o médico Bruno Ferrari. 

Isso ocorre porque dois fundos do Master vão subscrever R$ 1 bilhão das novas ações, resultando em uma participação de 12% no grupo de saúde especializado em tratamentos contra o câncer.

A operação será realizada através dos fundos Quíron e Tessália. Além disso, Ferrari subscreverá outros R$ 500 milhões, com o Master também atuando como âncora na transação.

No total, 115,4 mil novas ações serão emitidas, com os recursos sendo destinados à expansão orgânica do grupo.

As condições para o aumento de capital estabelecem que as novas ações serão emitidas a R$ 13 cada, representando um ágio de 89% em relação ao valor de mercado, conforme avaliação da XP Finanças Assessoria Financeira.

Master é atraídos pelo potencial de crescimento

O interesse do Master foi despertado pelo significativo potencial de crescimento do setor. Apenas no ano passado, a Oncoclínicas realizou mais de 600 mil atendimentos, e com o envelhecimento da população, espera-se um aumento contínuo nesses números a cada ano. 

Adicionalmente, a operação ocorre em um momento no qual as ações da empresa estão subvalorizadas.

“Já conheço o Bruno e a operação. Ela tem uma margem boa, é geradora de caixa e está subavaliada”, diz Vorcaro ao NeoFeed. “Ela tem uma questão de alavancagem que a gente vai resolver, vamos melhorar a estrutura de capital da empresa.”

A ação da Oncoclínicas, que está listada na B3, registra uma queda significativa de 40,4% no ano de 2024. Nos últimos 12 meses, a desvalorização acumulada do papel chega a 31,6%. 

A empresa possui um valor de mercado de R$ 3,9 bilhões. Com um valor de negociação atual de R$ 7,45, a plataforma Investing avalia o preço justo do papel em R$ 14,06. Analistas recomendam a compra da ação com base nesses dados.