O Onlyfans, plataforma de “entretenimento adulto”, anunciou nesta quarta-feira (25) que desistiu do plano de banir o conteúdo “sexualmente explícito”. O site é conhecido por ser onde qualquer pessoa pode começar a ganhar para postar conteúdos exclusivos.
Na última quinta-feira (19), a plataforma informou que os usuários poderiam seguir publicando conteúdos que tivessem nudez, porém sem ser sexualmente explícito. O assunto “viralizou” na internet e foi recebido de forma negativa pela comunidade do aplicativo. Nesta quarta, o Onlyfans recuou na decisão e publicou um novo anúncio no Twitter dizendo que “suspendeu a mudança de política planejada”.
Em entrevista ao Financial Times, o fundador e CEO da plataforma, Tim Stokely, falou que os bancos estavam por trás da recente proibição, que começaria a valer em outubro. “A mudança na política, não tivemos escolha – a resposta curta são os bancos”, declarou Stokely.
Segundo o CEO do Onlyfans, três grandes bancos – Bank of New York Mellon, Metro Bank, JPMorgan Chase – recusaram o serviço pelo risco de terem suas reputações associadas ao material sexual do site. Stokely alegou ainda que o Bank of New York Mellon “sinalizou e rejeitou” todas as transações eletrônicas envolvendo o Onlyfans, ameaçando sua capacidade de pagar aos criadores de conteúdo da plataforma.
De acordo com o site de notícias americano Axios, fontes afirmaram que o Onlyfans também está lutando para encontrar investidores externos. Questionada pelo portal internacional, a plataforma recusou comentar sobre o assunto.
O Onlyfans é lucrativo e já foi avaliado em US$ 1 bilhão, mais de R$ 5 bilhões na cotação atual. Através da sua plataforma, a companhia cobra uma taxa de 20% das receitas de seus criadores. Em 2020, os produtores de conteúdo do site tiveram um faturamento total de US$ 2 bilhõesmais de cerca de R$ 10 bilhões.
Entretanto, mesmo com o crescimento relevante da plataforma, alguns fundos são legalmente proibidos de investir no setor, o que dificulta atrair novos investidores.
O Onlyfans possui mais de 2 milhões de “influencers”, incluindo a cantora Anitta, que cobra US$ 4,99 pela assinatura em seu canal.