Ao analisar uma companhia é importante avaliar alguns quesitos, como o método de remuneração de seus administradores. Isso é necessário para saber se a remuneração é justa de acordo com o resultado que entregam, se o pagamento respeita os acionistas e não há apenas uso egoísta do dinheiro da companhia.
Olhando para a bolsa brasileira, podemos listar o ranking dos administradores mais bem pagos, começando pelo Bradesco. O banco lidera o ranking com uma remuneração de R$885 milhões ao seu corpo administrativo, que engloba 88 membros e uma remuneração média de R$9.9 milhões por membro e representa 3,6% do lucro líquido e 0,9% da receita líquida dos últimos 12 meses, respectivamente.
O Itáu vem logo depois, fazendo com que a fama dos grandes bancos seja positiva nesse aspecto. São desembolsados R$375 milhões para os membros do seu corpo administrativo.
É importante lembrar que a remuneração total isoladamente não conclui muita coisa, como mostramos acima: a análise se torna justa quando compara ao percentual do lucro e receita que a companhia teve no período. No caso da Viveo, a remuneração equivale a aproximadamente 75% do lucro do período, enquanto da Vale, apenas 0,1%.
Outros destaques desse quesito são a Vale (R$177 milhões), ABC Brasil (R$134 milhões), Suzano (R$127 milhões) e a JBS (R$123 milhões).
Apesar de estar listado em bolsa americana, o Nubank possui 9 membros em seu corpo administrativo, o que resulta em uma remuneração média de R$25.3 milhões por membro. No total, a empresa ficaria em quarto lugar, caso estivesse na B3, com um pagamento de R$227 milhões.
Vale ressaltar que essas remunerações englobam todo tipo de pagamento, não só dinheiro em específico, mas também ações, opções entre outras formas.