Compra de operações

Outback Brasil é alvo de disputa pela Mubadala, Vinci e Advent

As dificuldades financeiras da controladora do Outback, a Bloomin’ Brands, levaram à decisão de vender o ativo no Brasil, segundo apuração do "Valor"

Foto: Divlugação / Outback
Foto: Divlugação / Outback

Uma disputa está sendo travada pelos fundos de private equity Vinci e Advent, junto com o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala, pela compra das operações da Outback no Brasil, segundo apuração do “Valor”. 

As dificuldades financeiras da controladora do Outback, a Bloomin’ Brands, levaram à decisão de vender o ativo no Brasil.

O BofA (Bank of America) está pensando em potenciais interessados na compra, pois detém o mandato de venda do ativo. Segundo fontes, levará alguns meses para que o negócio chegue a um desfecho.

No setor de alimentação, os três fundos têm experiência com outros negócios, a exemplo do Mubadala, com a construção de um conglomerado de franquias sob a cobertura da Zamp (ZAMP3) no Brasil. 

Enquanto isso, outras negociações para a compra da Subway no Brasil estão correndo em paralelo, com a derrocada do fundo SouthRock, segundo o veículo de notícias. 

Ao passo que a Vinci tem a rede de pizzaria Domino’s em sua carteira e também já investiu no Burger King. Já a Advent foi investidor da IMC, dono do Frango Assado e KFC.

Parceiros

Pierre Berenstein, vice-presidente executivo de estratégia global de clientes e de Brasil da Bloomin’ Brands, disse que a venda do Outback no Brasil é uma das “alternativas em análise” e que se não encontrarem um comprador nas condições “adequadas”, a companhia manterá a operação, segundo o “Valor”.

Recursos de venda da Outback Brasil serão destinados à redução da dívida da controladora

A destinação dos recursos com a venda podem ser à redução de dívidas, recompra de ações na Bolsa dos EUA, ou em reinvestimentos no país norte-americano, de acordo com a empresa.

Os resultados trimestrais da Bloomin’ Brands apresentaram um lucro de US$ 28,4 milhões no 2TRI24, queda de 58,4% na comparação anual.

 Enquanto as receitas fecharam o período com US$ 1,12 bilhão, redução de 2,9%, ainda na relação anual.

Conforme o próprio Outback, em afirmação feita em maio deste ano, a empresa está “avaliando alternativas estratégicas para nossas operações no Brasil”. 

“Estamos entusiasmados com o interesse demonstrado em nosso negócio e forneceremos atualizações à medida que houver novidades. Reafirmamos que o Outback Steakhouse é uma empresa com grande valor de longo prazo e continuará operando no Brasil”, frisou, em nota ao “Valor”.