A instituição financeira PagBank (PagSeguro) começou 2025 fazendo um corte de profissionais. Através das redes sociais, ex-funcionários relataram as demissões nos últimos dias. Cerca de 500 profissionais, ou 10% da equipe, foram desligados, segundo o site Layoff Brasil, que reúne relatos de demissões em massa.
O PagBank afirmou, em nota, que “implementou reestruturação com o objetivo de melhorar a eficiência da companhia”. As demissões já haviam sido antecipadas na quinta-feira (9) pelo “Pipeline”.
“O PagBank segue empenhado em sua missão de facilitar a vida financeira de pessoas e negócios, oferecendo um ecossistema simples, seguro, acessível e digital a comerciantes e consumidores”, acrescentou a instituição.
No entanto, o número de profissionais demitidos não foi confirmado pela empresa. Quando as empresas de tecnologia realizaram uma onda de cortes em 2023, o PagBank esteve entre as que fizeram uma demissão em massa.
Os resultados da empresa têm evoluído nos últimos trimestres, enquanto executa uma estratégia de oferta integrada de pagamentos e serviços financeiros e de ganhos de eficiência.
Durante o terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 572 milhões, uma alta de 5,6% na comparação trimestral e de 30% na anual, um valor recorde. Enquanto isso, a receita atingiu R$ 4,831 bilhões, crescimento de 6% no trimestre e de 20% em 12 meses.
No entanto, mesmo com a melhora, em um ano, as ações da PagBank registram queda de 50%.
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Pagbank (PAGS) : XP vê queda exagerada e oportunidade de compra
Depois da queda de 14,53% nas ações do Pagbank (PAGS34) no pregão de quarta-feira (21), em resposta ao seu balanço, analistas da XP Investimentos (XPBR31) avaliam que a reação foi excessiva, oferecendo uma oportunidade para compra dos papéis.
Com uma perspectiva otimista, a recomendação é de compra, e o preço-alvo estabelecido é de US$19.
Os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre destacaram que a revisão positiva, ainda que modesta, das estimativas de desempenho (guidance) é um dos fatores que sustentam a perspectiva favorável para as ações do Pagbank.
“Vemos a revisão como um sinal positivo da administração, indicando um desempenho dos negócios mais forte do que o previsto. Além disso, o segundo semestre de 2024 poderá registar taxas de juro internas mais elevadas, o que poderá impactar o crescimento da empresa no curto prazo”, ressaltaram os analistas da XP.
A XP avalia como prudente a estratégia do Pagbank de investir em títulos públicos para obter ganhos com spreads, embora reconheça que a expansão da carteira de crédito ofereça melhores perspectivas de rentabilidade.
Os analistas, no entanto, destacaram as preocupações dos investidores com a eficiência tributária.
Embora a redução na alíquota efetiva de imposto tenha impulsionado os lucros no segundo trimestre, a empresa precisará concentrar esforços na otimização tributária para garantir melhorias contínuas nessa área.
