Pague Menos (PGMN3): lucro líquido cresce 9% no 4T22

O lucro líquido contábil da Pague Menos foi de R$ 258 milhões, com alta de 57% em relação ao mesmo período do ano anterior

A Pague Menos (PGMN3) anunciou ao mercado o seu resultado no quarto trimestre de 2022 nesta quarta-feira (8). A companhia atingiu um lucro líquido ajustado de R$ 192 milhões, com alta de 9% frente ao mesmo período de 2021. As ações da empresa acumulam queda de 68% em 12 meses, sendo mais de 22% em 2023.

O lucro líquido contábil da Pague Menos foi de R$ 258 milhões, com alta de 57% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, a empresa explica que esse número é impactado positivamente por lançamentos não recorrentes. Por isso, segundo a companhia, o indicador ajustado é mais adequado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e a amortizações) foi de R$ 805 milhões, 19,9% acima do mesmo período de 2021, impulsionado pela consolidação dos números da recém-adquirida Extrafarma. Desconsiderando a aquisição, o Ebitda atingiu R$ 781 milhões, crescimento de 16%. A margem Ebitda, que mede a eficiência operacional do negócio, subiu de 8,3%, no mesmo período de 2021, para 8,8%.

Pague Menos abriu 200 lojas e integrou outras 400 da Extrafarma

A Pague Menos abriu recentemente 200 lojas, sendo 118 em 2022. Esses estabelecimentos ainda não atingiram a maturidade e, portanto, não contribuem para a melhoria do resultado. Outro fator que desafiou a companhia foi a taxa dejuros, que elevou o custo da dívida.

Porém, o diretor financeiro da rede, Luiz Novais, Novais diz que, em conversas com investidores, há reconhecimento da melhora operacional da companhia, mas que o nível de endividamento é um fator de preocupação nesse momento.

“Com o pouco de dinheiro disponível hoje no mercado, os investidores estão optando por alocar em companhias menos alavancadas. Felizmente, nossos principais investidores continuam conosco desde o IPO. Eles acreditam na nossa tese e esperam esse período passar”, disse Novais para o Estadão. Para 2023, a aposta do executivo é de crescimento.

A integração da rede de quase 400 lojas da Extrafarma, apesar de promissora, ainda traz desafios. Para Novais, o principal ponto de atenção atualmente na rede adquirida é a falta de produtos. No entanto, por falta de disponibilidade da indústria farmacêutica, a companhia ainda não conseguiu resolver o problema completamente. A Pague Menos gostaria de já ter nas lojas cerca de R$ 180 milhões de investimento em estoques, mas em 2022 só foi possível comprar metade disso. A outra metade, espera Novais, deve chegar no primeiro trimestre de 2023.

“Ainda é uma consequência da desorganização causada pela pandemia, não há outra explicação. Especialmente em antibióticos, a indústria tem tido dificuldade em nos atender”, diz o diretor financeiro da Pague Menos.

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