Cofundador do ecossistema de emprendedores chamado Confraria do Empreendedor, Diogo Garcia reúne mais de doze anos de experiência em negócios, vendas e inovação. Para ele, há, sim, espaço no mercado para novas startups em 2023, mesmo em meio a um cenário macroeconômico mais adverso, com a alta da inflação e dos juros pelo mundo e no qual investidores tendem a ser mais conservadores, com imperativos de ajuste de mercado em que muitas startups que já passaram por rodadas de investimento serão desafiadas a provarem seu valor.
Em sua visão, há grandes oportunidades para startups em fase inicial (early stage). Na contramão, Garcia alerta as big techs sobre a perspectiva de recessão global deste ano, que deve afetar o consumo e a publicidades que pode reduzir as receitas, fazendo com que esses tipos de empresas repensem suas estruturas.
Confraria do Empreendedor: um ecossistema de startups
Sempre buscando prestar apoio a novos negócios, Garcia entende que comunidades de empreendedores como a Confraria são não apenas importantes como necessárias para alavancar o universo das startups e promover conexões e colaboração em momentos sobretudo mais desafiadores.
“Não existe trabalhar com inovação e ficar isolado em sua própria “bolha”. As corporações precisam de líderes de ecossistema que se conectem com comunidades e outros stakeholders. A Confra é um grande radar do que ocorre no mercado e que também me ajuda em todas as frentes em que atuo com startups.
A comunidade nasceu em 2016 e conta com outros dois fundadores – Andre Mainart e Natalia Lazarini e tem como propósito de apoiar os empreendedores em suas jornadas, conectando empresárias e empresários para o compartilhamento de conhecimento, conexões e fomento de negócios. Atualmente, a Confraria reúne mais de 1.500 membros no Brasil e Portugal.
Não só como uma rede de empreendedores, a Confraria serve também como uma rede de aproximação pessoal. Com grupos de esportes, meditação e hobbies, o intuito é a promoção do diálogo e convivência em um ambiente considerado por Garcia como solitário. “Entendemos que o empreendedor é solitário e quando ele se conecta com a comunidade, esta ganha ainda mais valor”, explicou.
Segundo ele, a comunidade se tornou tão forte que já há convites para a criação de capítulos em países como México e Colômbia.
“Temos uma frente de negócios, monetizada por meio do Confra Hub, onde ajudamos suas empresas a criarem suas próprias comunidades, além de toda parceria, a frente de mantenedores, que é liderado pela cofounder Natalia Lazarini.
Carreira
Alm de sócio-diretor da KPMG e líder da Confraria do Empreendedor, Garcia é palestrante da agência Casé Fala, professor de vendas B2B na Xpeed, foi analista de negócios do programa Shark Tank Brasil e já ocupou posições executivas em multinacionais dos setores financeiro, consultoria e seguradoras. Ainda é conselheiro de startups e pequenas e médias empresas (PMEs), e jurado de importantes seleções de startups e scaleups no Brasil.
“Costumo dizer que sou um vendedor e conector de pessoas. Me apaixonei pela profissão e me especializei na área de Vendas/Marketing, fiz cursos dentro e fora do país e sou um eterno aprendiz, sempre buscando mais conhecimentos na área. Comecei a atuar no ecossistema de startups e minha missão é alavancar o ecossistema empreendedor brasileiro, por meio da geração de valor aos diversos stakeholders.
Na KPMG, Garcia também lidera o programa Emerging Giants no Brasil, iniciativa criada para apoiar startups que crescem muito rápido.
“Hoje, estou focado em identificar e apoiar startups que serão gigantes no curto e médio prazo”, disse.