O estado do Pará anunciou a venda de quase R$ 1 bilhão em créditos de carbono durante a Semana do Clima, realizada em Nova York, um evento vinculado à Assembleia Geral da ONU.
Entre os compradores estão governos dos EUA, Noruega e Reino Unido, além de grandes empresas como Amazon, Bayer e a Fundação Walmart.
Os créditos de carbono permitem que tanto o setor público quanto o privado compensem uma parte de suas emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.
As árvores desempenham um papel crucial na absorção de dióxido de carbono (CO2). Por exemplo, em uma situação hipotética, a preservação de cinco árvores pode evitar a emissão de aproximadamente uma tonelada de CO2 na atmosfera.
Essa medida é reconhecida por uma metodologia internacional e equivale a um crédito de carbono.
“O Pará tem uma meta ousada de ser um estado carbono neutro até 2036. Por isso, investe em mercado de carbono para preservar o seu estoque florestal e investe na criação de novas economias baseadas na natureza, para que nós possamos garantir com que as pessoas tenham emprego e renda, tenham condição social que estejam atreladas a soluções, que não pressionem a floresta e, com isso, nós possamos garantir com que o estado possa neutralizar as suas emissões, evitando o desmatamento”, diz governador do Pará, Helder Barbalho.
Acordo em NY pode atrair investidores internacionais, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o acordo assinado em Nova York tem o potencial de despertar um maior interesse de investidores internacionais no Brasil.
“Eu penso que tudo começa pelo aporte dos recursos públicos, se a Alemanha, França, Inglaterra, Brasil, a Califórnia, que como estado tem interesse nesse tipo de projeto, e outros países, China, de repente passem a aportar”, disse o chefe da pasta.
“Se nós conseguirmos o funding público, a chance de captação privada aumenta muito, com isso, com a diferenciação de taxa de juros, você consegue remunerar a floresta em pé”, completou.