A Verde Asset comprou alguns ativos na Bolsa brasileira (B3). O motivo por trás dessa escolha se deve ao preço da bolsa. Excluindo bancos e empresas de commodities, o múltiplo preço-lucro do Ibovespa está em 12,5x, abaixo da mediana histórica de 15,7x. O P/L dos bancos está em 5,9x, contra uma mediana histórica de 8,7x, enquanto o múltiplo das empresas de commodities está em 3,3x, quase 63% abaixo da mediana.
“O cenário político e econômico é inóspito, mas a Bolsa está muito barata”, afirmou Luiz Parreiras, o gestor de ações da empresa.
Historicamente, a companhia sempre excluiu bancos e commodities do seu portfólio. No entanto, o desconto nestes dois setores está alto a ponto do Verde comprar ações desses setores.
“Voltamos a investir nesse setor por preço,” completou.
Apesar das compras, Luis Stuhlberger e alguns de seus principais seus sócios na Verde Asset, num evento para investidores nesta terça-feira, analisaram as graves falhas da economia brasileira.
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Num slide com o título “Conclusões: fim da esperança”, o economista-chefe Daniel Leichsenring disse que existe uma alta probabilidade de retrocesso, especialmente na parte fiscal: “o quadro é desolador. A discussão é qual candidato vai gastar mais.”
“Somos uma nave rumo ao passado, não ao futuro,” resumiu Stuhlberger.
Stuhlberger disse ainda que o problema principal da economia global é a inflação, especialmente nos EUA, listando uma série de fatores que dificultam sua queda. Um deles é a situação do mercado de aluguéis, cujos valores têm um peso expressivo nos índices de inflação americanos.
As principais ações na carteira da Verde Asset estão a Suzano (SUZB3); a Equatorial (EQTL3), pela qualidade do management, da execução e das decisões de alocação de capital; a Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3), pela fusão; o Assaí (ASAI3), pelo negócio resiliente e com perspectivas de crescimento; e a Hapvida (HAPV3).
