Sem acordo

Paramount interrompe negociações de fusão com Skydance Media

O fim das conversas prolonga um impasse de anos sobre o futuro do histórico estúdio de Hollywood

Paramount/ Divulgação
Paramount/ Divulgação

A bilionária Shari Redstone encerrou as negociações para vender sua participação majoritária na Paramount para a Skydance Media e unir as duas empresas.

O fim das conversas prolonga um impasse de anos sobre o futuro do histórico estúdio de Hollywood.

A National Amusements, holding da família Redstone que possui 77% das ações votantes da Paramount, anunciou que não foi possível chegar a um acordo com a Skydance. O “The Wall Street Journal” havia alertado que as negociações estavam em risco.

O anúncio surpreendeu o mercado, pois Shari Redstone, filha do magnata Sumner Redstone, sempre foi uma grande defensora da fusão.

Shari Redstone via a Skydance e seu fundador, David Ellison, como os melhores candidatos para proteger o legado da Paramount.

No final, Redstone ficou apreensiva com a operação e surgiram dúvidas nas negociações.

Paramount deve buscar solução com National Amusements

Agora, ela deve buscar uma venda total da National Amusements, sem tentar vender ou unir apenas a Paramount com outra empresa, conforme fontes informaram ao jornal.

A proposta da Skydance Media seria realizada em duas etapas. Primeiro, a companhia compraria a National Amusements por US$ 1,7 bilhão e pagaria US$ 4,5 bilhões aos acionistas da Paramount.

Depois, a Skydance seria incorporada à Paramount. Ellison também se comprometeu a injetar US$ 1,5 bilhão na empresa.

No início do mês, a gestora Apollo Global, em parceria com a Sony Pictures, fez uma oferta de US$ 26 bilhões pela Paramount.

A National Amusements também recebeu interesse de pelo menos dois outros grupos, um consórcio liderado pelo produtor Steven Paul e outro pelo executivo Edgar Bronfman Jr. e a gestora Bain Capital.

A National Amusements reiterou seu apoio ao conselho e à diretoria da Paramount na condução da empresa. Em abril, o diretor-presidente, Bob Bakish, deixou o cargo e foi substituído por um grupo de diretores. No mês passado, a companhia anunciou um plano para cortar US$ 500 milhões em custos anuais.

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