A PayPal (PYPL34) deve demitir 2 mil funcionários, o equivalente a 7% da sua força de trabalho, conforme afirmou o chefe-executivo da companhia, Dan Schulman. As informações foram divulgadas pelo jornal “Dow Jones Newswires”.
Apesar da empresa ter feito progresso em redimensionar sua estrutura de custos, segundo o executivo, ainda há “mais trabalho a ser feito”.
A PayPal se tornou a mais nova fintech a cortar custos frente a altas taxas de juros e um mercado volátil. Além disso, novos serviços de pagamento digital estão ameaçando a participação da companhia no mercado, que deve sofrer com grandes bancos, como Wells Fargo e Bank of America, construindo carteiras digitais para compras online, conforme informou o “Wall Street Journal”.
Além de PayPal: demissões em outras fintechs
A PagSeguro anunciou em meados de janeiro a demissão de quase 500 funcionários, o equivalente a 7% dos quase 7 mil trabalhadores da empresa. A onda de demissões atingiu diversas áreas da empresa, principalmente de tecnologia e inovação. “Assim como empresas de tecnologia e fintechs no Brasil e no mundo, o PagBank PagSeguro também está fazendo alguns ajustes em sua estrutura” disse a fintech.
Ainda, conforme noticiou o BP Money com exclusividade, a Trigg realizou uma demissão em massa de quase 50% da sua força de trabalho, segundo fontes. Os cortes atingiram todas as áreas, do marketing ao financeiro. Ainda, os funcionários não afetados pelo layoff devem ser remanejados para o banco Omni, por trás das operações da Trigg.
Além disso, a Méliuz (CASH3) demitiu 59 funcionários em janeiro, o que representa 5% da força total de trabalho. Segundo a empresa de cashback, os desligamentos impactaram quase todas as áreas da companhia.
Em nota enviada ao portal “Seu Dinheiro”, a Méliuz escreveu que a revisão do quadro faz parte de uma reestruturação interna, com o objetivo de “aumentar a eficiência operacional e se adaptar ao cenário macroeconômico”.
Os casos relatados, tanto do PayPal como de outras fintechs não são isolados, já que o mercado de tecnologia vive desde o ano passado uma série de demissões em massa, que afetaram tanto startups quanto big techs.