Payroll: EUA criam 209 mil vagas de emprego em junho

A expectativa, segundo o consenso Refinitiv, era de que os empregadores criariam 225 mil vagas no mês

Dados do Payroll apontaram que os EUA criaram 209 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês de junho, abaixo das expectativas. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (7), pelo Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego caiu de 3,7% para 3,6% no mês, com o número de desempregados indo para 6 milhões.

De acordo com o consenso Refinitiv, a expectativa era de que os empregadores criassem 225 mil vagas de emprego no mês de junho. Já a projeção para a taxa de desemprego era de 3,6%.

No que diz respeito aos ganhos dos funcionários do setor privado não agrícola, em junho, houve um aumento de 12 centavos, ou 0,4%, totalizando US$ 33,58. Ao longo dos últimos 12 meses, os salários médios por hora aumentaram 4,4%. 

A semana de trabalho média para todos os funcionários com folha de pagamento privada não agrícola aumentou para 34,4 horas em junho. Na indústria manufatureira, a semana média de trabalho permaneceu inalterada em 40,1 horas, e as horas extras permaneceram em 3,0 horas.

Além disso, houve revisões nos dados de emprego para os meses anteriores. A variação no emprego total em abril foi revisada para baixo em 77.000, passando de +294.000 para +217.000. Já a variação em maio foi revisada para baixo em 33.000, de +339.000 para +306.000. Com essas revisões, o emprego combinado em abril e maio ficou 110.000 abaixo do que havia sido relatado anteriormente.

Fed: ata do Fomc diz que integrantes defendem mais juros

O Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) divulgou nesta quarta-feira (5) a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês). De acordo com o documento, quase todos os participantes do FOMC observaram na última reunião do colegiado que novos aumentos adicionais da taxa de juros seriam apropriados neste ano.

Apesar disso, na reunião, foi decidida uma pausa no ciclo de alta de juros, mantendo as taxas num intervalo entre 5% e 5,25% ao ano, para que o Fed verificasse os efeitos da política monetária sobre os dados da atividade.

“Apesar de manterem as taxas de juros inalterados no encontro em junho, a maioria dos participantes votaram que serão necessários mais aumentos de juros olhando a frente, e que a inflação segue inaceitavelmente alta e sendo um problema a ser controlado. Como reflexo disso, os membros do Fed atualizaram sua previsão de aumento de juros, estimando uma taxa terminal de 5,6% (acima da previsão anterior de 5,1%), reforçando a ideia de mais aumentos à frente”, disse William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue.